Alguns campo-grandenses escolheram passar o final da tarde deste domingo (2), em frente ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) para acompanhar a apuração de votos dos candidatos destas eleições de 2022. Porém, a nova dinâmica mais segura impediu que tivesse telão e outras ferramentas que estimulasse a aglomeração de pessoas.
A ideia da Polícia Militar é trabalhar com prevenção, segundo o Tenente Coronel Augusto Regalo. “O isolamento do TRE-MS parte do princípio bem simples, com os meios digitais as pessoas podem acompanhar a apuração em tempo real de suas próprias casas. ”
“Até então tínhamos aqui no TRE-MS um clima que se assemelhava com uma torcida de futebol. Como estamos com o tempo acirrado, poderia trazer algum problema, por isso preferimos isolar o local e garantir a segurança de todo”, diz Augusto.
O administrador Marcelo Vargas, 49, conta que é acostumado a acompanhar a apuração das urnas em frente ao TRE. “Antes era lá dentro, tinha telão e arquibancada. Mas desta vez, tivemos que ficar ouvindo tudo pela rádio.”
“Eu já sabia que não iria ter telão desta vez, mas minha filha me chamou e viemos juntos. É mais para manter a tradição. Eu gosto de política e votei hoje, mas não gosto de falar muito para quem estou torcendo”, explica Marcelo.
O bancário Claudinei Carvalho, 34, foi até o TRE-MS com a filha Tereza Clarice, de 11 anos, que está acompanhando a política pela primeira vez com o pai. “Ela adora política e ainda é muito atuante na escola dela.”
“É muito importante plantarmos essa semente, porque ajuda a construir a visão do que é a política e sua importância para a construção de um futuro melhor com o exercício da democracia”, acredita Claudinei.
O pai da Tereza acredita que esta edição das eleições é como um “divisor na história do país”. “Entendo que o Brasil ele está te vivendo um momento de maturidade política e devemos tirar bons frutos disso. Da competitividade e na maneira de enxergar o quanto o nosso país é valioso. Para isso, temos que participar.”
“A população está extremamente apaixonada pela política, pois amamos o nosso país. Portanto, temos que tomar muito cuidado e avaliar a qualidade dos representantes que elegemos”, alerta.
Sobre a polarização nacional, Claudinei não concorda e avalia um cenário precisa de um contrapeso. “Não podemos ser radicais, porque estamos torcendo pelo Brasil, independente de uma escolha. Esquerda ou direita, o importante é que o nosso caminho seja um só.”
“De modo geral, sempre conversamos muito sobre política em casa. Além disso, temos uma visão bem objetiva do que pretendemos para garantir o nosso futuro. A discussão é saudável”, conclui. Acesse também: Campo Grande registra caso de roubo de urna eleitoral
Com informações do repórter João Gabriel Vilalba