Policiais civis de Mato Grosso do Sul aceitam proposta de reajuste salarial de 8%

Em busca de respostas
do Governo do Estado,
agentes se mobilizaram
pelas ruas da Capital - Foto: divulgação
Em busca de respostas do Governo do Estado, agentes se mobilizaram pelas ruas da Capital - Foto: divulgação

Após meses de negociações e paralisações, os policiais civis de Mato Grosso do Sul aceitaram, em assembleia realizada na noite de quinta-feira (17), a proposta de aumento salarial de 8% oferecida pelo Governo do Estado. A medida beneficia aproximadamente 3,2 mil servidores, incluindo aposentados e pensionistas.

De acordo com um comunicado divulgado pelo Sinpol (Sindicato Estadual dos Policiais Civis), também houve a incorporação do auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário e a concessão de um abono de até R$ 130 para os servidores com menor remuneração. No entanto, o sindicato não divulgou detalhes sobre o placar da votação, que ocorreu de forma híbrida (presencial e online).

As negociações entre o Governo do Estado, a Assembleia Legislativa e os policiais civis passaram por várias rodadas, sem que um consenso fosse alcançado antes das paralisações. Os policiais reivindicavam um reajuste de 28%, que posicionaria a categoria na sexta posição do ranking nacional de salários. Além disso, pediam o aumento do auxílio-alimentação de R$ 400 para R$ 800, a implementação de um auxílio-saúde de R$ 1,5 mil, equivalente ao dos delegados, plantões voluntários remunerados e um adicional de fronteira.

Entretanto, o Executivo manteve a proposta inicial de incorporar o auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário, podendo alcançar até R$ 1,2 mil dependendo da posição do servidor na carreira. Para os servidores com a menor remuneração, foi oferecido um abono de até R$ 150.

O Sinpol havia programado paralisações para a primeira semana de outubro, mas as suspendeu após uma decisão judicial que considerou o movimento ilegal. O desembargador Nélio Stábile, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, atendeu a uma solicitação do Governo do Estado, argumentando que a população não poderia ser prejudicada pela interrupção dos serviços nas delegacias. A decisão teve como base uma tese do STF (Supremo Tribunal Federal), que proíbe o direito de greve para servidores da segurança pública.

Com a aceitação da proposta, os policiais civis de Mato Grosso do Sul esperam que o reajuste traga um alívio financeiro, mas a categoria ainda fica distante das metas iniciais de valorização salarial e de benefícios que buscavam alcançar.

 

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