Pedreiro serial killer é julgado pela 7ª vez; homem já acumula 96 anos de prisão

Pedreiro
Foto: Willian Leite/O Estado Online

O serial killer Cleber de Souza Carvalho, conhecido como “Pedreiro Assassino”, está sendo julgado pela 7º vez nesta sexta-feira (12). O indivíduo ficou conhecido por assassinatos em série, na Capital, e foi preso em 2020, confessando todas as mortes. Atualmente ele já acumula 96 anos de prisão, entretanto a pena pode aumentar.

No dia de hoje, Cleber de Souza é julgado pela morte de de Hélio Taira, encontrado concretado em maio de 2020. Este é o julgamento da última, das sete vítimas feitas pelo pedreiro.

O serial killer foi preso há dois anos e na época, sob investigação da DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídio), foram feitas escavações, sendo que sete vítimas foram encontradas: José Leonel Ferreira Santos, de 61 anos, Timótio Pontes Roman, de 62, José Jesus de Souza, 45 anos, Roberto Geraldo Clariano, 50, Hélio Taíra, 74, Claudionor Longo Xavier, de 47 anos, e Flávio Pereira Cece, de 34 anos.

Último julgamento

Durante o julgamento de hoje, Cleber de Souza confessou ter matado Hélio Taíra após um desentendimento durante o serviço. Durante sua defesa o pedreiro disse que os dois discutiram e Hélio puxou um facão. Cleber pegou uma enxada e o acertou com dois golpes, um deles quando Hélio já estava no chão. Ele chegou a conferir se a vítima estava viva. Após confirmar a morte, o pedreiro resolveu “concretar” o corpo com cimento, afim de esconder evidências do homicídio.

Ele chegou a inventar histórias para pessoas próximas de Hélio após o desaparecimento da vítima, como por exemplo de que havia visto ele na Avenida Bandeirantes.

A cunhada de Hélio, abalada pós depoimento de Cleber, disse que espera a justiça. “Ele era muito trabalhador, catava reciclagem, ele era jardineiro. Ele morava no meu bairro antes, eu moro lá no Ouro Verde. Uns tempo andava vendendo reciclagem com carrinho de mão. Ele (Cleber) matou pra roubar e ta falando que é santo. Ele não é santo não gente. Espero que justiça seja feita”.

A mulher ainda revela que passou anos procurando pelo paradeiro de Hélio até constatar a morte. “Sem notícia sem nada, nós íamos pra Miranda, pra Bonito. Ai a gente ficava três dias em hotel e eu ia procurar ele com uma foto.”

Sete vítimas

No mês de julho do ano passado, Cleber foi sentenciado a cumprir uma pena de 18 anos de reclusão devido à morte de José Jesus de Souza, também conhecido como ‘Baiano’, que foi vítima de homicídio aos 44 anos de idade. O veredicto incluiu uma sentença de 16 anos e 6 meses pelo assassinato, além de um ano e 6 meses por ocultação do cadáver.

No mês de maio de 2022, ocorreu uma reavaliação da pena definitiva de Cleber pelo homicídio de Timótio Pontes Roman, de 62 anos. Inicialmente fixada em 18 anos de prisão, a pena foi posteriormente reduzida para 15 anos e três meses, além de acarretar em dez dias-multa. Essa decisão foi proferida pela 3ª Câmara Criminal.

José Leonel Ferreira, de 61 anos, foi outra vítima do pedreiro Cleber. Este último foi condenado a uma pena adicional de 18 anos e 6 meses de prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Os jurados também determinaram a absolvição de Roselaine, esposa do pedreiro. Durante o julgamento, ela relatou que acreditou nas palavras do marido quando ele afirmou, após o crime, que havia comprado a casa de José Leonel. O réu teria dito que o idoso havia se mudado do bairro.

Cleber também sentou no banco dos réus pelo assassinato de Roberto Geraldo Clariano no dia 1º de fevereiro de 2022. Roberto foi assassinado em 2018, quando o pedreiro o contratou para um serviço no terreno na Avenida José Roberto Barbosa, no Recanto dos Pássaros. O serial killer foi condenado a 15 anos de prisão pelo assassinato.

Outra condenação foi pela ela morte de José Jesus de Souza. O “Pedreiro Assassino” foi condenado a 18 anos de prisão, sendo 16 e seis meses por homicídio qualificado e um ano e meio por ocultação e cadáver. Além desse, ele foi julgado por estelionato, já que Cleber teria vendido o carro, moto e casa da vitima, no qual ele mesmo negociou. Por esse crime ele foi absolvido.

Ao todo, com todas condenações, Cleber de Souza Carvalho acumula 96 anos de prisão e a pena ainda deve aumentar com o julgamento de hoje.

 

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