Oscilações climáticas elevam consumo de energia em MS e geram impactos na conta de luz

CONSUMO DE ENERGIA NA ESTIAGEM- FOTO: NILSON FIGUEIREDO
CONSUMO DE ENERGIA NA ESTIAGEM- FOTO: NILSON FIGUEIREDO

Frente fria e onda de calor aumentam a demanda por eletricidade no Estado, afirma Energisa

Com as mudanças climáticas intensificando secas e temperaturas extremas, a Energisa, principal fornecedora de energia de Mato Grosso do Sul, alerta para o impacto direto no consumo de energia no estado. A situação reflete um cenário nacional em que o governo federal, por meio da Aneel e do Operador Nacional do Sistema (ONS), adota medidas para garantir a segurança energética.

Mato Grosso do Sul tem sentido os efeitos das mudanças climáticas, com temperaturas extremas e secas prolongadas impactando diretamente o consumo de energia no estado. A Energisa, responsável pela distribuição de energia para a maior parte do estado, alerta que a recente onda de calor, com Campo Grande registrando máximas de 37?°C, elevou o uso de aparelhos como ar-condicionado e ventiladores. Nos próximos dias, porém, uma nova frente fria deve atingir o estado, com quedas bruscas de temperatura, levando ao aumento do uso de aquecedores e chuveiros elétricos.

Essas oscilações climáticas estão refletindo diretamente no aumento do consumo de energia em Mato Grosso do Sul, e a Energisa reforça a importância de práticas conscientes para evitar surpresas na conta de luz. “Essas variações climáticas demandam mais do sistema elétrico, e é essencial que os consumidores adotem medidas para utilizar a energia de maneira eficiente”, afirma a empresa em comunicado.

Ao mesmo tempo, o cenário energético nacional tem levado o governo federal a tomar medidas preventivas para evitar desabastecimento. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o MME (Ministério de Minas e Energia), após recomendação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), estão considerando a antecipação do uso de termelétricas para garantir o fornecimento de energia, especialmente nos horários de pico, como o início da noite, quando as fontes solares e eólicas perdem potência.

A contratação de térmicas adicionais, no entanto, pode ter um impacto direto na conta de luz dos brasileiros. Em julho, a Aneel aplicou uma taxa extra na conta de energia pela primeira vez em 26 meses, devido ao acionamento de termelétricas em função das baixas hidrelétricas. Embora essa cobrança tenha sido revogada em agosto, a possibilidade de uso mais frequente dessas usinas permanece em discussão, principalmente diante da falta de chuvas que afeta algumas das maiores hidrelétricas do país.

O ONS, por sua vez, afirmou que, apesar das medidas preventivas, não há risco de desabastecimento de energia no Brasil. “Todas essas medidas adicionais são preventivas e tomadas justamente para atender à demanda da sociedade, não havendo risco de desabastecimento de energia”, destacou o operador em nota.

A Energisa reforça a importância de que os consumidores estejam atentos às mudanças climáticas e às suas implicações no uso de energia. “O consumo consciente não apenas ajuda a reduzir os gastos das famílias, mas também alivia a pressão sobre o sistema elétrico em momentos críticos”, afirma a empresa.

Por Djeneffer Cordoba

 

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