Praça Ary Coelho causa insegurança por seu estado “mal cuidado” e até “perigoso”

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Há 5 dias de celebrar os 125 anos da Capital, o Jornal O Estado tem produzido uma série de reportagens em “comemoração” ao seu aniversário. Nesta edição, a reportagem ouviu a população campo-grandense a respeito da Praça Ary Coelho. Diante de opiniões contrárias, a imagem que ilustra o local, situado no coração da cidade e que deveria ser voltado ao lazer, é composta por insegurança e abandono.

Foto: Marcos Maluf

Com mais de 100 anos de existência, é uma das praças mais antigas de Campo Grande. No centro da cidade morena, a Praça é localizada entre as principais vias públicas: Avenida Afonso Pena, Rua 14 de Julho, Rua 13 de Maio e Rua 15 de Novembro. O local, marcado por acontecimentos histórico-sociais, contudo, é visto pela população como um ambiente pouco valorizado, “mal cuidado” e até “perigoso”. Há 28 anos, fazendo do espaço o seu ambiente de trabalho, os vendedores ambulantes, Rosangela da Silva Leão, 53, e Isaac Barbosa de Sousa, 57, lamentam a situação e o “deserto” que o lugar se transformou.

“Na entrada, você já vê a malfeitoria da praça, horrível, seca, sem grama, sem nada. Até parece um deserto. Os banheiros são terríveis e quebrados. Nós sempre usamos os das lojas ou estacionamentos quando precisamos”, diz Rosangela. Enquanto para Isaac, o maior inconveniente é a insegurança. “As pessoas têm medo de passar dentro da praça. Com medo de ser roubado, com medo dos pedintes, depois que colocaram essas grades ao redor, ficou vazia. Até tem segurança, mas as pessoas têm medo. Acabou com a praça”, lamenta.

A insegurança não é uma preocupação exclusiva do vendedor, ressoa, também, nos pedestres. “Eu passo por dentro, mas não teria coragem de sentar ou passar uma tarde”, revela a autônoma Maria Aparecida, 66. “Acho que tem pouca segurança e muita gente desocupada. O local também está todo mal conservado e não tem limpeza, precisa melhorar esses banheiros também”, pontua.

Todavia, não são todos que concordam com o desleixo do espaço. Para a vendedora de água de coco, Esther da Silva, 62, que trabalha no local há 14 anos, salienta que o espaço é bem cuidado e recebe manutenção.

“Sim, tem cuidado. Tem uns funcionários próprios para limpar a praça, os banheiros. Tem material de limpeza, tem umas funcionárias que lava, que limpa, duas, três vezes por dia. Tem hora que não está, porque há uma multidão. Mas quando o pessoal sai, vão limpar. Há manutenção, sim, o chafariz é bem cuidado também e as pessoas passeiam aqui”, afirma.

Por Ana Cavalcante

 

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