Após os desdobramentos da Operação Tromper, que resultou na prisão de oito pessoas, incluindo, o genro da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), vereador Claudinho Serra (PSDB), ela sofreu mais um revés, quando o vereador Enelvo Felini Junior (PSDB), apresentou um pedido de abertura de comissão processante contra a prefeita por infração político-administrativa.
“Protocolei pedido de abertura da Comissão processante devido a várias irregularidades que vem acontecendo aqui em Sidrolândia. Inclusive, continua, depois da polícia ainda prender o genro dela (Prefeita), que era secretário de Finanças na época, o chefe da licitação hoje está preso também, a prefeita continua fazendo licitações com indícios de fraudes e isso aí preocupa muito nós, vereadores”, declarou o vereador Enelvo Felini Junior.
O vereador que faz oposição à gestão de Vanda Camilo (PP), destaca que vem apontando desde seu primeiro ano de mandato as irregularidades nas licitações. Ele também foi o presidente da CPI instaurada no ano passado contra a prefeita. Apesar de ter comprovado irregularidades, a CPI foi derrubada por voto da maioria dos vereadores da Casa. Mas, o vereador acredita, que o relatório final, levado para as autoridades competentes, colaboraram com o resultado das investigações da Operação Tromper.
“A CPI acabou com a maioria dos vereadores votando contra, nós tivemos cinco votos favoráveis, se eu não me engano, mas a maioria votou contra e aí nós levamos ela para o Ministério Público, que ficou com o relatório. E, várias empresas que estão sendo investigadas agora, eram empresas que nós estávamos investigando na CPI, então ajudou o Ministério Público e o Gaeco nesse trabalho. Nossa intenção é ajudar as investigações e trabalhar com seriedade”, disse o vereador.
O objetivo da comissão será apurar as denúncias feitas pelo Ministério Público Estadual, dentro da Operação Tromper, que investiga a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, bem como o pagamento de propina a agentes públicos municipais.
Diferente da CPI, a CP (Comissão Processante), pode ser requerida por qualquer cidadão, mesmo que ele não seja vereador. Segundo especialistas, a diferença primordial entra as duas é que na Comissão processante, ela mesma dá sentença, ou seja, já sai a cassação ou não. A CP tem o prazo de 90 dias para concluir os trabalhos. Caso não haja conclusão, o processo é arquivado. O requerimento apresentando, será analisado pela Câmara e deve ser votado na próxima semana.
A expectativa agora do vereador é que os outros parlamentares votem favorável ao pedido. “Não vou mudar a minha fala e tenho certeza que os vereadores eleitos para defender a população, que foram eleitos para fiscalizar, também irão votar pela abertura da comissão processante e a gente vai analisar tudo como tem que ser analisado”, finaliza Enelvo Felini Junior.
Segundo pedido
Em novembro de 2023, a Câmara Municipal rejeitou, por nove votos contra quatro a favor, o pedido de afastamento da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP). O pedido foi apresentado por Alexandre Claudino Heck, sob justificativa que expressava a profunda preocupação com os acontecimentos envolvendo a administração pública da cidade.
Na ocasião, votaram a favor os vereadores Enelvo Junior (PSDB), Gabardo (PSDB), Cleyton Martins (PSB) e Adavilton Brandão (MDB). Foram contra os vereadores: Gringo (presidente da Câmara), Cledinaldo Cotócio (PP), Elieu Vaz (PSB), Gilson Galdino (REDE), Itamar de Souza (DEM), Izaqueu de Souza (Patriota), Joana Michalski (PSB), Juscinei Claro (PP), e Valdecir Carnevalli (PSDB). Os vereadores Sandro Luiz Gonzales (PSD) e Cristina Fiuza (MDB) não participaram da votação.
Por Daniela Lacerda
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