Por: Rafaela Alves
A população que vive em situação de rua em Campo Grande cresceu 23% em cinco meses, segundo levantamento feito pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), que leva em consideração os dados do CadÚnico (Cadastro Único) do governo federal.
A Capital tinha em dezembro do ano passado 533 pessoas em situação de rua, ao passo que em maio deste ano o número passou para 689 moradores. A SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) informou a O Estado que não tem o censo de quantas pessoas vivem em situação de rua.
Um dado relacionado ao assunto que a pasta tem é o de atendimentos realizados a este público. Eles ainda explicaram que uma única pessoa pode ter sido atendida mais de uma vez. De acordo com esses dados, houve uma redução no número de acolhimentos realizados pelas Unidades de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias. Entre janeiro e maio de 2021 foram contabilizados 2.092 atendimentos, perante 1.678 do mesmo período deste ano.
Quanto ao atendimento prestado pelo SEAS (Serviço Especializado em Aborsagem Social) foram realizados, de janeiro a maio de 2021, 1.316 atendimentos, e neste ano, 1.459 ações. Além disso, a diferença também foi registrada nos atendimentos o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua. No ano passado foram 868, diante dos 2.194 registrados em 2022.
O percentual da Capital é maior que o registrado nacional mente, que foi de 16%. Ainda conforme o levantamento da UFMG, em dezembro de 2021 o número total da população em situação de rua no Brasil era de 158.191 pessoas e passou para 184.638 em maio deste ano.
A capital com maior número de pessoas em situação de rua no mês passado foi São Paulo (SP) com mais de 42,2 mil pessoas. Seguida pelo Rio de Janeiro: 10.624 e Belo Horizonte com 10.241 moradores.
Acolhimento social
As temperaturas devem cair muito nos próximos dias em Campo Grande. Desde a primeira frente fria, a SAS informou que vem adotando medidas urgentes objetivando a proteção das pessoas em situação de rua e de migrantes internacionais.
Servidores das equipes de referência do SEAS (Serviço Especializado em Abordagem Social) estão intensificando as abordagens na região central, viadutos, praças e espaços públicos, locais onde as pessoas em situação de rua costumam se abrigar. As equipes foram abastecidas com cobertores nos veículos que realizam a busca ativa e as denúncias recebidas da população. As pessoas que aceitam a oferta de serviços são encaminhadas para os locais de acolhimento e para aqueles que não aceitam são oferecidos cobertores para aquecimento e proteção do frio. Mas as pessoas em situação de rua também podem procurar diretamente as unidades de acolhimento, as UAIFA (Unidades de Acolhimento para Famílias e Adultos) I e II e a secretaria SAS conta também com as seguintes unidades cofinanciadas: Casa de Passagem Resgate e Casa de Apoio aos Moradores de Rua São Francisco de Assis.
Confira mais notícias no Jornal O Estado.
Acesse também as redes sociais do Estado Online no Facebook e Instagram.
Veja mais: