Com quatro novos casos, MS contabiliza 16 infecções por varíola dos macacos

varíola dos macacos
Foto: reprodução

Mato Grosso do Sul registrou quatro novas infecções por varíola dos macacos e contabiliza 16 casos positivos em todo Estado. Os dados boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), divulgados nesta segunda-feira (22), ainda conforme os dados outros 28 casos suspeitos seguem em investigação.

Campo Grande lidera a incidência de casos com 11 confirmações, na sequência aparece Dourados com dois casos, Itaquirai, Aparecida do Taboado e Costa Rica.

Dentre os novos casos confirmados três são de pacientes da Capital, com idades de 27, 31 e 47 anos. O quarto caso é de um paciente de 61 anos residente de Costa Rica. Todos os casos positivos foram registrados em homens.

Transmissão

A varíola dos macacos é transmitida pelo contato com a pessoa infectada, o vírus pode entrar no corpo pelo sistema respiratório, olhos, nariz, boca ou por lesões na pele. Apesar disso, a doença não se espalha facilmente.

Sintomas

Os sintomas se manifestam entre 5 e 21 dias e incluem febre alta e de início súbito, dor de cabeça e garganta, erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo podendo deixar cicatrizes visíveis na pele dos pacientes e inchaço dos gânglios nas regiões cervical, axilar e pélvica.

A coceira persistente e dolorida é outro sintoma e passa por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, até formar uma crosta.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclarece que assim que os sintomas são identificados, o paciente suspeito entra em isolamento total, podendo ser domiciliar, e só recebe alta após a cicatrização total de todas as feridas. O procedimento foi aplicado em todos os casos confirmados em Campo Grande.

Prevenção

Para prevenir o contágio, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda o uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos, e evitar o compartilhamento de itens pessoais, como lençóis, talheres, toalhas e roupas, medidas que também auxiliam na proteção contra a Covid-19.

Apesar de não ser considerada uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um alerta para que homens que se relacionam sexualmente com outros homens reduzam o número de parceiros. A medida foi aconselhada após ser identificado que grande parte dos casos notificados de varíola dos macacos são de homens gays ou bissexuais.

Mudança de nome

Em parceria com especialistas, a OMS (Organização Mundial da Saúde) avalia mudar o nome da varíola dos macacos. A medida é analisada após mais de 30 cientistas se manifestarem sobre a necessidade urgente de adotar um nome que não seja discriminatório ou estigmatizante. Além disso, a associação da doença aos macacos colocam em risco a vida desses animais, que apesar do nome não são transmissores da varíola.

Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Leia também:

Macacos não são “vilões” da varíola e SES descarta motivo para pânico

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *