De olho na demanda asiática de carne suína, o governo do Estado montou pela segunda edição consecutiva um estande no Siavs (Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura) e o resultado foi muito positivo. Ao todo, Mato Grosso do Sul conseguiu captar R$ 600 milhões em investimentos na área de produção rural e industrial da cadeia produtiva de suínos.
Atualmente, a Ásia sofre com a epidemia de PSA (peste suína africana) e precisa comprar de outros países carne bovina para atender a demanda interna. Após visita ao continente no primeiro semestre do ano, a ministra Tereza Cristina disse que o mundo não teria condições de suprir a necessidade chinesa da proteína e que eram necessários investimentos.
Antenado ao mercado e as possibilidades de mercado, o governo investiu em mostrar os benefícios de se investir em MS. “Os investimentos estão fundamentados na política de aumento da produção industrial, mas principalmente rural na área da suinocultura. Esses investimentos já devem acontecer neste segundo se mestre”, disse o governador Reinaldo Azambuja.
O capital será investido numa nova indústria de esmagamento de soja e depois em plantas frigoríficas. “Precisamos que a soja seja processada no Estado e que o farelo esteja disponível. Este anúncio deve acontecer em breve, como também uma indústria de farelo”, contou o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.
A situação do Estado é mais vantajosa ainda porque o Corredor Bioceânico coloca as comoddities produzidas aqui no mesmo patamar de competitividade de outros países. “A Rota Bioceânica posiciona em termos competitivos para atender esse mercado, o jogo das commodities já está no Pacífico e não mais no Atlântico, e Mato Grosso do Sul constrói uma estrutura para chegar de uma maneira mais barata e competitiva”, ponderou Verruck.
Foram apresentadas informações sobre a Rota bioceânica – projeto que liga o Oceano Atlântico ao Pacífico, partindo do município de Porto Murtinho, no sudoeste –, rota importante para escoamento da produção e acesso ao grande mercado mundial, o Continente Asiático. Falou também do trabalho de abertura de novas linhas férreas e a estruturação do hub logístico no Estado, novos investimentos em infraestrutura – estradas, pontes, ampliação do aeroporto internacional – e dos principais incentivos fiscais.
Mato Grosso do Sul também preparou um novo material bilíngue institucional do Estado com informações estratégicas para cooptar mais investidores. O portfólio sul-mato- -grossense destaca todas as potencialidades regionais. (Marcus Moura com Portal MS)