Ícone do Rock Nacional, Rita Lee, morre aos 75 anos

Rita Lee
Imagem: reprodução

Rita Lee, a eterna rainha do rock, morreu na noite desta segunda-feira (8), em casa, em São Paulo. Ela deixa o marido, Roberto de Carvalho, com quem teve três filhos: João, Antônio e Beto Lee. A informação foi confirmada pela família em uma nota oficial publicada no Instagram.

A cantora foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença.

A família da cantora divulgou um comunicado nas redes sociais dela: “Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”. O velório será aberto ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta-feira (10), das 10h às 17h.

Carreira

Rita Lee Jones nasceu em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947. O pai, Charles Jones, era dentista e filho de imigrantes dos EUA. A mãe, a italiana Romilda Padula, era pianista, e incentivou a filha a estudar o instrumento e a cantar com as irmãs.

Conhecida como a rainha do rock nacional, Rita Lee formou a banda brasileira de rock mais cultuada no mundo, os Mutantes, e criou canções na carreira solo com enorme apelo popular sem perder a liberdade e a irreverência.

Ela é dona de vários sucessos que foram verdadeiras trilhas sonoras por décadas dos brasileiros, como Ovelha NegraDoce VampiroMania de VocêAmor e SexoErva Venenosa (Poison Ivy)PaguO Amor em PedaçosAgora só falta vocêMinha Vida (In my life)Jardins da Babilônia, entre muitos outros hits históricos. Vários álbuns também foram lançados em seu tributo, como Baby, Baby, de Lulu Santos (em 2017); e o musical Rita Lee Mora ao Lado, estrelado por Mel Lisboa (2014), celebrou sua trajetória.

Ganhou mais de 20 prêmios ao longo da carreira, incluindo dois Grammys (ao qual foi indicada por sete vezes): em 2001, venceu com o Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa, por 3001; e, em 2022, pelo conjunto da obra, levou o Prêmio Excelência Musical da Academia Latina de Gravação.

Os mutantes

Rita Lee fez parte dos Mutantes no período mais relevante e criativo da banda, de 1966 a 1972. Gravou “Os Mutantes” (68), “Mutantes” (69), “A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado” (70), “Jardim Elétrico” (71) e “Mutantes e Seus Cometas no País dos Bauretz” (72).

Eles foram fundamentais no tropicalismo, ao unir a psicodelia aos ritmos locais, e se tornaram o grupo brasileiro com maior reconhecimento entre músicos de rock do mundo, idolatrados por Kurt Cobain, David Byrne, Jack White, Beck e outros.

Foi casada com Arnaldo Baptista, também integrava a banda. O fim de seu relacionamento coincidiu com sua saída do grupo.

Carreira solo

O primeiro álbum solo foi “Build up”, ainda antes de deixar Os Mutantes, em 1970. Ela também lançou “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida”, em 1972, ainda gravado com o grupo.

Após sua saída dos Mutantes, Rita Lee deu início a uma nova fase musical com a banda Tutti Frutti, resultando em cinco álbuns notáveis. Destaca-se o álbum “Fruto proibido” de 1975, que apresentava a emblemática canção “Agora só falta você”.

A partir de 1979, Rita Lee embarcou em uma colaboração artística com seu marido Roberto de Carvalho, consolidando-se definitivamente em sua carreira solo. Compondo e gravando canções pop-rock, obteve grande sucesso.

Entre os discos mais aclamados está “Rita Lee” de 1979, que trouxe os hits “Mania de Você”, “Chega mais” e “Doce Vampiro”. Em seu álbum homônimo lançado no ano seguinte, Rita seguiu uma abordagem mais pop e obteve ainda mais sucesso com faixas como “Lança perfume” e “Baila comigo”.

O álbum “Rita Lee” de 1979 se destacou como um dos mais bem-sucedidos, apresentando sucessos como “Mania de Você”, “Chega mais” e “Doce Vampiro”. No disco homônimo lançado no ano seguinte, ela continuou explorando uma abordagem musical mais pop e alcançou ainda mais êxito com faixas como “Lança perfume” e “Baila comigo”.

 

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