No mês dos pais, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul realizou durante a manhã de sábado (16) o mutirão “Meu pai tem nome”, cujo objetivo foi atender a população em processos de reconhecimento de paternidade, seja ela tardia, socioafetiva, homoafetiva ou por exames de DNA.
O defensor público Marcelo Marinha, coordenador do Núcleo de Família, explica que a ação visa facilitar o acesso ao reconhecimento de paternidade, especialmente nas situações que necessitam de exame de DNA, porque este ainda é um impeditivo para que algumas crianças tenham o nome do pai na certidão de nascimento, já que é um processo de alto custo.
“A gente tem uma parceria com o Instituto de Análises Forenses do Estado para fazer o DNA, que ainda é uma grande barreira por conta do custo. Também temos a possibilidade de reconhecimento de outros tipos de paternidade e maternidade. Quando são reconhecimentos espontâneos a gente encaminha a documentação direto para o registro em cartório, mas quando o reconhecimento não é voluntário é preciso um processo de investigação de paternidade”, afirmou.
Entre tantas histórias e as mais de 300 pessoas atendidas, a história de dona Zélia Pereira Leite, de 96 anos, que aproveitou a oportunidade de colocar o nome do pai na certidão. A senhora explica que seu registro foi feito apenas com o nome de sua mãe, porque, à época seu pai foi ao cartório apenas na condição de declarante.
“A gente morava no sítio e ele foi me registrar no cartório como declarante, porque era a única pessoa que podia dizer que eu havia nascido, como ele faz com todos os filhos dele. Agora eu tenho ele como pai. É um sentimento muito bom, porque ele sempre foi um bom pai para mim, como a minha mãe foi uma boa mãe”, disse.
Por Ana Clara Julião
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