Método Wolbachia: estudo internacional reforça importância do método para controle da dengue

Foto: Reprodução/Prefeitura de Campo Grande
Foto: Reprodução/Prefeitura de Campo Grande

De acordo com a publicação da revista científica The Lancet – Infectious Diseases, realizado por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, reforça as evidências que atestam a eficácia do Método Wolbachia, implementado em Campo Grande, com o objetivo de reduzir a incidência de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a dengue, a partir da soltura de mosquitos contendo a bactéria Wolbachia. A The Lancet é uma das revistas cientificas mais conceituadas do mundo.

O método Wolbachia começou a ser implantado em dezembro de 2020 na Capital pela Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), juntamente com o World Mosquito Program (WMP/Brasil), iniciativa que, no Brasil, é conduzida pela Fiuocurz (Fundação Oswaldo Cruz), e Governo do Estado.

Campo Grande, além de ser a única cidade que terá o método implantado em 100% do território, também desenvolveu a iniciativa pioneira no mundo, o Wolbito em Casam que envolveu cerca de 3 mil alunos de 17 escola municipais. Ao todo são seis fases de soltura em Campo Grande, que atualmente já se encontra na sua quinta fase de implementação. Serão 74 bairros contemplados nas sete regiões urbanas.  A capital também será referência: nos dias 19 e 20 de outubro, Campo Grande receberá a visita de representantes da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo para conhecer a implementação do método e da iniciativa Wolbito em Casa, lançada em agosto deste ano.

O método

O Método Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti com Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais estabelecendo, aos poucos, uma nova população destes mosquitos, todos com Wolbachia.

Não há qualquer modificação genética no Método Wolbachia do WMP, nem no mosquito nem na Wolbachia.

Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 50% dos insetos, inclusive em alguns mosquitos. No entanto, não é encontrada naturalmente no Aedes aegypti. Quando presente neste mosquito, a Wolbachia impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam dentro dele, contribuindo para redução destas doenças.

 

 

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *