Mesmo com baixa umidade do ar, procura por umidificadores segue tímida, neste ano

umidificador de ar
Foto: Nilson Figueiredo/Jornal O Estado MS

Especialista destaca a importância de se utilizar o equipamento para evitar doenças respiratórias

Nos últimos dias, Campo Grande esteve com a umidade relativa do ar muito baixa e, com a chegada do inverno, no próximo mês, a tendência é de que os índices permaneçam abaixo do necessário. Com isso, entram em cena os umidificadores de ambiente, que são utilizados para controlar a umidade do ar, que é utilizado para amenizar os impactos negativos que o clima seco e temperaturas elevadas podem gerar na saúde. 

Nas farmácias de Campo Grande, os aparelhos custam de R$ 159,00 a R$ 230,00 e, de acordo com os atendentes, a procura, que costuma ser alta, neste ano, ainda está tímida, mas os estoques estão abastecidos, caso haja aumento da procura, de um dia para o outro. 

Uma das funcionárias, que preferiu não se identificar, informou que, neste ano, excepcionalmente, as vendas dos aparelhos estão “empacadas”. Ela acredita que talvez a população esteja esperando mais chuvas e que a umidade volte a subir, já que, nos quatro primeiros meses do ano, as chuvas foram muito além do previsto. 

“Acho que as pessoas estão mais relaxadas neste ano, o que é um pouco estranho, na minha visão, pois as doenças respiratórias estão aí, atingindo cada vez mais pessoas e principalmente as crianças. As pessoas parecem não se preocuparem tanto assim, pois estamos vendendo muitas bombinhas para asma e bronquite, mas o umidificador parece estar ficando de lado”, destacou. 

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a umidade ideal para a saúde dos seres humanos deve estar entre 50% e 60%. Por isso, quando o índice fica entre 21% e 30%, é decretado o estado de atenção. Informações repassadas pelo meteorologista Natálio Abraão indicam que os municípios com as menores taxas de umidade relativa do ar registradas ontem (24), foram: Sonora 29%, Campo Grande, Três Lagoas e Sidrolândia, com 30%, cada; Costa Rica, 31%; Paranaíba e Água Clara, 32%; Camapuã e Ivinhema, 33%; Nova Alvorada do Sul, 34%; Chapadão do Sul, Maracaju e Ribas do Rio Pardo, 35%; São Gabriel do Oeste, 36% e Coxim e Corumbá, com 38%. “Não há previsão de chuvas até sábado (27). Uma frente fria deve chegar a Mato Grosso do Sul, a partir de sexta-feira (26), com ventos, nuvens e aumento da umidade do ar. A queda nas temperaturas somente se dará na semana que vem”, revelou. 

Consequências

Segundo o otorrinolaringologista da Unimed Campo Grande, Dr. Celso Nanni Junior, este período do ano, de outono e inverno, por conta da diminuição das chuvas e grandes oscilações de temperatura, além de tempo seco e a variação de temperatura, pode causar várias consequências para a saúde das pessoas. 

“O umidificador de ar tem papel fundamental no combate dos efeitos negativos do clima seco, pois adiciona umidade ao ar ambiente, ajudando a aliviar o ressecamento e mantendo as vias respiratórias e a pele mais hidratadas. É importante lembrar-se sempre de limpar e trocar regularmente a água do umidificador, para evitar a proliferação de bactérias e fungos”, disse Dr. Celso.

Por Camila Farias – Jornal O Estado do MS.

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