Conferência Estadual de Saúde discute as diretrizes para criação de um Plano Regional

Foto: Alvaro Rezende
Foto: Alvaro Rezende

Evento busca apresentar propostas para a contínua construção e efetivação do Sistema Único

Profissionais da área da saúde estão envolvidos na 10ª Conferência Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, que está ocorrendo no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, desde terça-feira (23). O evento, que encerra hoje (25), acontece a cada quatro anos, para alinhar questões da saúde. Promovido pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde) e CES (Conselho Estadual de Saúde), o tema central deste ano é “Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã Vai Ser Outro Dia”.

Mobilizando cerca de mil pessoas, dentre conselheiros, usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), trabalhadores e gestores/prestadores, todos estiveram, e ainda estão, neste último dia, envolvidos na temática, apresentando, avaliando e discutindo propostas para a contínua construção e efetivação do SUS. 

Realizado em um intervalo de quatro anos, a última edição da conferência foi promovida em 2018, antes da pandemia da covid-19. Neste ano, após o cenário pandêmico enfrentado, principalmente pela área da saúde, a 10ª edição do evento tem como base de discussão as proposições provenientes das Conferências Municipais de Saúde, além de formular diretrizes para elaboração do Plano Estadual de Saúde (2024-2027). 

Representando o governador Eduardo Riedel, o secretário de Estado de Saúde, Dr. Maurício Simões, fez uma breve apresentação sobre o Panorama Situacional da Saúde no Estado. Ao longo de sua exposição, o secretário chamou a atenção para alguns assuntos que precisam ser discutidos e, principalmente, para aprender a perceber a saúde com um olhar mais global.

“Nós sabemos que o nosso Estado está em desenvolvimento econômico e isso é muito importante, porque nossa população está envelhecendo. Mas o envelhecimento populacional com o aumento da sobrevida da população aumenta o número de doenças crônicas. Não dá mais para pensar em saúde olhando somente para o seu município. Precisamos ter uma visão abrangente da saúde e isso envolve ver o contexto demográfico, político, epidemiológico, ecológico, tecnológico, sociocultural e econômico. Precisamos melhorar nossa inteligência gestora. O SUS, as secretarias estaduais e municipais de saúde precisam melhorar sua governança e organização”, recomendou.

Ecobags  

As ecobags distribuídas aos participantes da 10ª Conferência Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul foram confeccionadas com mão de obra prisional, com a participação direta de dez reeducandos do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho e da Penitenciária Masculina de Regime Fechado da Gameleira 2, que atuam, desde o corte à finalização da costura das sacolas em tecido. A produção é fruto de uma parceria entre a SES e a Agepen, por meio da Diretoria de Assistência Penitenciária.

Cenário pós-pandemia 

A secretária-adjunta de Estado de Saúde, Dra. Crhistinne Maymone, ministrou a palestra magna sobre o tema central da conferência, “Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã Vai Ser Outro Dia”. Seguindo o princípio de que o cenário mundial mudou no pós- -pandemia da covid-19, a secretária evidenciou tais mudanças e com isso demonstrou o quão necessário é elaborar políticas e programas, observando o todo. 

“A minha provocação para vocês é exatamente abrir esse olhar para a mudança significativa no mundo, para que vocês possam elaborar políticas e programas que sejam realmente possíveis de implementar melhores condições de vida e saúde consoantes ao mundo, que mudou”, aconselhou ela. 

Representando o conselho, o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Caio Leônidas de Barros, externou, aos presentes, que utilizem a conferência como um espaço democrático para discutir ideias e fomentar propostas que beneficiem a sociedade, como um todo. 

“Temos que aproveitar ao máximo esse momento, para fazer novas amizades, fortalecer nossos vínculos e dizer que, se amanhã será um outro dia, é porque a vontade e o desejo de fazermos acontecer nas nossas ações, fazer conselho é atitude, luar pelo coletivo é atitude e nós só vamos melhorar o SUS e melhorar nossa sociedade quando entendermos que o trabalho coletivo é mais importante do que o ganho individual.” 

Nos outros dias foram apresentadas práticas exitosas e mesas condutoras com a finalidade de discutir os eixos do SUS. Divididos em subtemas, vários assuntos foram abordados durante os dias de evento, dentre eles: tecnologia da informação transforma modelo de controle de visitas domiciliares dos agentes de controle de endemias; roda de conversa da diversidade; diálogos em defesa do SUS; O Brasil que temos – O Brasil que queremos; o papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas, entre outros.

Por Brenda Leitte – Jornal O Estado do MS.

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