Menina de 13 anos é estuprada pelo padrasto e levada para ritual por perdão

drogas
Imagem: Reprodução/Marcos Maluf

Uma menina, de 13 anos, foi vítima de estupro, praticado pelo padrasto, em Campo Grande. O caso foi descoberto após um tio perceber o comportamento não habitual da vítima, quando ela passava as férias com ele, o pai e outros familiares, na cidade de Camapuã, a 140 quilômetros da Capital.

A denúncia foi feita pelo pai da vítima na terça-feira (10), na Delegacia de Polícia de Camapuã. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima relatou que em abril, dias após o aniversário, o padrasto esperou a mãe dela sair de casa para trabalhar e foi até a sala onde a menina estava. Ele pegou o próprio celular e colocou pornografias para a vítima assistir, tirou a roupa dela e a estuprou.

Durante o crime, o homem ainda repetia para a vítima que ela não gritasse, porque os vizinhos podiam ouvir e chamar a polícia. De acordo com a menina, no dia seguinte ele repetiu o crime. Ela ainda contou à polícia que sentiu cheiro de droga na boca do autor durante os abusos. 

Um ano após os crimes, a adolescente conseguiu contar o ocorrido à mãe, detalhando as coisas que aconteceram nos dois dias, momento que a mulher começou a chorar. Ela foi cobrar o companheiro sobre os relatos da filha, e segundo a vítima, o padrasto disse que estava sob o efeito de entorpecente e pediu desculpas.

A vítima contou que, após relatar os casos à mãe, ela foi levada para uma espécie de ritual, onde várias pessoas se reuniram em uma chácara para tomar uma substância alucinógena. 

No local, ela foi levada pelo autor para uma sala chamada “sala da justiça”, onde pessoas que buscam resolver problemas. Dentro do local, o homem pediu desculpas a ele pelo que havia feito, que estava sob o efeito de drogas e que a considerava uma filha. 

O pai da menina, quando soube dos abusos, questionou a mãe, para saber se era verdade. Ela negou que soubesse, mas no domingo à noite, dia oito de janeiro deste ano, contou ao pai que sabia, mas que não disse a ninguém por medo do que o companheiro poderia fazer com ela e com a filha. 

O registro do boletim de ocorrência foi feito na delegacia de Camapuã, mas como o crime ocorreu na Capital, o caso deverá ser investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

Serviço:

Estupro de vulnerável é quando o mesmo ato é praticado com um menor de 14 anos, com uma pessoa com deficiência que não tem discernimento para a prática sexual ou com uma pessoa que, por qualquer motivo, não possa ter reação ao ato, como ocorreu neste caso.

Disque 180

O Disque-Denúncia, criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), permite denunciar de forma anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central chegam ao Ministério Público.

Disque 100

Para casos de violações de direitos humanos, o disque 100 é um dos meios mais conhecidos. Aliás, as denúncias podem ser feitas de forma anônima para casos de violações de direitos humanos.

O canal envia o assunto aos órgãos competentes no município de origem da criança ou do adolescente.

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