Mapeamento revela variante P.1 da COVID-19 como predominante no Estado

COVID-19
Divulgação/PGMS

Nesta quinta-feira (7), a SES (Secretaria do Estado de Saúde) divulgou o “Mapeamento Genômico de Mato Grosso do Sul” que apontou a presença de 21 variantes da COVID-19 em 64 municípios de Mato Grosso do Sul. A variante predominante é a P.1 – linhagem originária de Manaus – AM, que foi identificada em 47 municípios.

A predominância da variante P.1 tem as seguintes características: maior transmissibilidade, atinge a população mais jovem, apresenta uma evolução mais rápida da doença e maior gravidade da doença, além de diminuir a efetividade das vacinas. “A P.1 é a variante que domina todos os estados do Brasil. Ela é uma variante mais transmissível e acomete os mais jovens. A maioria das pessoas internadas eram jovens, contaminadas por conta da P.1, porque ela tem uma carga viral mais elevada”, afirma Julio Croda.

Os municípios de Corumbá, Ladário, Campo Grande e Amambai são as quatro cidades que a variante Delta (B.1.617.2 e AY.4) está presente. O cenário é de estabilidade da doença, entretanto, o “Mapeamento Genômico de Mato Grosso do Sul” reforça a continuidade das medidas de prevenção de biossegurança contra a COVID-19, como distanciamento social, uso de máscaras de proteção e higiene constante das mãos.

“Nós tivemos a confirmação da presença da Delta desde julho no nosso território. A vacinação, principalmente nos 13 municípios da fronteira, nos ajudou e evitou que a Delta se espalhasse. A nossa estratégia continua a mesma, de avançar na aplicação da segunda dose ou dose reforço nos idosos e profissionais de saúde. A pandemia ainda não passou e precisamos estar atentos a estas variantes”, ressalta o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende.

O boletim epidemiológico da SES identificou que Campo Grande é o município com maior número de registros, com 13 tipos de variantes, incluindo a Delta. Logo em seguida, vem os municípios de Dourados e Chapadão do Sul, com seis tipos de variantes. A cidade de Três Lagoas também aparece com pelo menos cinco tipos de variantes identificadas. Por outro lado, 10 municípios não registram a presença de variantes: Anaurilândia, Bataguassu, Caarapó, Caracol, Cassilândia, Glória de Dourados, Jaraguari, Jateí, Juti, Laguna Carapã.

“Nós recebemos resultados de sete novos casos, sendo três de Amambai e quatro de Campo Grande. As amostras são de agosto e foram realizadas pela Fiocruz do Amazonas. Entretanto, das 485 amostras sequenciadas, a prevalente é a P.1. Já a variante Delta equivale a 2% das amostras sequenciadas. Em Mato Grosso do Sul foram identificados 10 casos da variante Delta”, explica o diretor do Lacen/MS (Laboratório Central de Ms), Luiz Henrique Ferraz Demarchi. (Com assessoria)

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