LOCAL: Marcas de bolsas de Campo Grande praticam reuso, além de couro e sintéticos

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A variedade do mercado de bolsas em Campo Grande tem seu próprio nicho. Tanto as duas marcas já estão ganhando o Brasil e o mundo. É o tal da fórmula do fazer bem o local para ser global. Um acessório praticamente indispensável se adapta para atender todos os gêneros e cada ambiente e festa tem sua bolsa específica para atender o vestuário mesclado ao tema da comemoração. O mercado chamou a atenção de dois criadores da área em campo Grande: Thon Shiro e Monique Klein.

Thon Shiro é criador da marca de bolsas Varekai Store. Ele é formado em publicidade e propaganda, atuou mais de 13 anos na área, porém estava descontente e buscava novos desafios. “Encontrei uma vídeo-aula na internet sobre bolsa e acendeu minha curiosidade em fazer e entender todo o processo e nisso me encontrei, seis meses depois decidi que seria isso que iria fazer, designer de bolsas”, revela .

A Varekai já está no mercado há 2 anos e vem com a proposta de fazer uma bolsa personalizada. “É uma bolsa onde vc vai escolher cada detalhe, cor, modelo e afins. Eu faço a modelagem, corte e construção da peça. Trabalho com couro e sintéticos”, explica Shiro. Em 2020, ele fez parte do pessoa da moda que tomou um susto no começo, porém, no meio do ano em diante tudo se  normalizou para ele e deu certo. Para este ano, as parcerias já estão funcionando em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais que vão ter o produto da Varekai. 

Novos projetos ainda estão surgindo e Thon Shiro ainda retomou com os workshops para quem quer aprender a fazer bolsas. Ele aponta quais serão as tendências no setor. “Para 2021 a Max bolsa é o que vem por aí. Sabe aquelas bolsas cheias de design, porém, grandes. Também as shopper bag que são bolsas práticas, quadras, planas e bidimensionais. Outra tendência são bolsas feitas com matéria prima natural como madeira, palha e afins, além de bolsas com correntes e franjas. As cores em alta, segundo Pantone, será amarelo e cinza”, pontuou.

retomada da marca

Há dez anos no mercado das bolsas, Monique Klein, retomou sua marca Campo Grande A Tiracolo. Ano passado ficou parada por falta de venda, mas ao final de 2020 conseguiu gerar capital para  contratar uma costureira e prestar serviços. Foi uma grande encomenda de uma pousada de “peixes de lona”, material usado para tapetes, decoração de parede e centro de mesa, por exemplo.  Atualmente tem um loja no Shopping Campo Grande de artesanato do Mato Grosso do Sul com os “peixes de lona”. “Estamos retomando e a perspectiva é a melhor possível. Vamos investir nas mochilas porque as pessoas gostam muito, são sempre bem aceitas e versáreis”, destaca.

Este ano, Monique continua com o modelo mais tradicional que tem. Ele lembra uma ecobag. Ela segue no mercado adequando, criando novos desenhos, com cores e direcionadas para cada estação.  Sua produção tem um toque de regional e a ideia da Campo Grande A Tira Colo veio há dez anos com a matéria-prima de malotes dos correios. Com a extinção destes, migrou para malotes de bancos. Tudo com sustentabilidade. 

Monique afirma que suas bolsas são tão resistente que a pessoa não as troca por desgaste. “Quando acontece a troca é porque a cliente não aguenta mais. A bolsa está inteira mas ela já quer outra, quer outro modelo”, conta. Passada uma década da marca, a empresária frisa o amadurecimento pessoal e da Campo Grande A Tiracolo. “Hoje para fazer uma bolsa a gente pensa muito mais, investe em tecnologia porque sem ela não vira. O que a gente oferece são produtos altamente exclusivos e muito mais elaborados no sentido de conforto. Hoje as pessoas bebem água na rua e carregam máscaras. Temos que adaptar isso, talvez com bolsos maiores”, revela. 

Monique lembra que suas bolsas ganharam a Europa e Estados Unidos, mas em exportação indireta. “O grande sonho é exportar de forma legal à longo prazo. Espero ter mão-de-obra que goste de trabalhar e aumentar a renda para favorecer mais as pessoas e atingir os nossos objetivos”, avalia.

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