O policial militar e tenente, Henrique Otavio Oliveira Velozo, de 30 anos, se entregou na corregedoria da corporação na noite deste domingo (7) e já foi preso. No final da tarde do mesmo dia, a Justiça já havia concedido a prisão temporária de 30 dias do policial.
Henrique, que é acusado de atirar e matar o campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo, já teria um histórico de envolvimento em confusões. Há cinco anos, ele foi acusado de agredir e desacatar outros policias em uma casa noturna.
Segundo a denúncia feita, na madrugada de 27 de outubro de 2017, Velozo estava em uma casa noturna na Lapa, em São Paulo, durante a sua folga, quando agrediu com socos um soldado de nível hierárquico inferior ao dele, que foi chamado para atender uma ocorrência no local.
Os PM’s foram ao estabelecimento para resolver uma confusão onde o suspeito estava envolvido, que teria afirmado que agiu apenas para separar sete pessoas que estavam agredindo o seu primo.
“Em dado momento, o soldado [nome do policial suprimido] se afastou do denunciado e esticou o braço, em nítida intenção de mantê-lo a distância. Neste instante, o tenente Velozo desferiu um soco no braço do soldado. Em seguida, o denunciado desferiu outro soco, visando acertar o rosto soldado”, cita um trecho da denúncia.
Após isso, Henrique começou a agredir verbalmente um outro tenente que chegou ao local, dizendo que ele era o seu recruta e o chamando de covarde, entre diversos palavrões.
Na época, o Ministério Público condenou o policial por ter praticado violência contra um inferior e desacato. Porém, Henrique foi absolvido das duas acusações. Houve recurso contra a decisão, que ainda está em análise na segunda instância no Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.
Sobre o caso de Leandro Lo
O tenente Henrique Otavio Oliveira Velozo é apontado como o responsável pela morte do atleta de jiu-jítsu Leandro Lo, na madrugado de domingo (7), em uma casa noturna em São Paulo.
De acordo com informações, uma confusão se iniciou após Henrique se dirigir até a mesa em que Leandro e um grupo de amigos estava, onde pegou uma garrafa e começou a balança-la. Logo em seguida, começou uma discussão e o atleta imobilizou Henrique para acalmar a briga. Após ser solto, o policial andou um pouco para frente, sacou uma arma e disparou contra a cabeça de Leandro, que veio a falecer por morte cerebral, após ser levado em estado grave para o Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro de Saboya.
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