IPCA de agosto mantém queda pelo 2ª mês seguido em Campo Grande

Divulgação/PMCG
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O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de agosto, em Campo Grande, ficou em -0,39%, 0,56 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de -0,95%, registrada no mês anterior. Este é o segundo mês consecutivo de deflação. No Brasil, a variação mensal do IPCA para o mês corrente foi de -0,36%, após ter registrado -0,68% em julho.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, sete tiveram alta de preços em agosto. A maior variação positiva mensal veio de Vestuário (1,39% e 0,07 p.p. de impacto).

Na sequência vieram os grupos Saúde e cuidados pessoais (1,27% e 0,16 p.p. de impacto), Educação (1,00% e 0,04 p.p. de impacto) e Habitação (0,71% e 0,11 p.p. de impacto).

Os demais grupos seguiram da seguinte forma: Artigos de Residência (0,53%), Despesas Pessoais (0,46%), Alimentação e bebidas (0,44%) Transportes (-3,99%) foi o grupo de maior queda, trazendo o índice para baixo em 0,90 p.p. A segunda queda foi registrada em Comunicação (-0,68, com impacto de -0,03 p.p.). Em Alimentação e bebidas o índice ficou em 0,44%.

Os itens que tiveram alta de preço foram a cebola (9,06%), a banana-d’água (8,04%), o queijo (6,08%), o frango inteiro (4,72%) e panificados (1,76%). Por outro lado, houve queda em itens importantes na mesa do brasileiro, como a batata-inglesa (-11,78%), tomate (-10,72%), feijão-carioca (-7,45%), carnes (-0,77%) e o óleo de soja (-0,46%).

A variação da alimentação fora domicílio (0,34%) ficou abaixo à do mês anterior (0,72%). Enquanto a refeição passou de 0,21% para 0,72%, o lanche desacelerou de 1,86% para -0,35%.

Outro produto importante na cesta é o leite longa vida, que ficou praticamente estável (0,12%) em agosto. “Nos últimos meses, os preços do leite subiram muito. Como estamos chegando ao fim do período de entressafra, que deve seguir até setembro ou outubro, isso pode melhorar a situação. Mas no mês anterior, a alta do leite foi de 17,12% em Campo Grande, ou seja, os preços estagnaram em agosto, mas ainda seguem altos”, afirma Kislanov.

Transportes registrou o maior impacto negativo

No grupo de Transportes (-3,99%) houve uma desaceleração (um menor ritmo na diminuição de preços), dado que no mês anterior o valor registrado foi de -5,84%. O número foi influenciado pela queda dos combustíveis (-11,07%). A gasolina registrou -11,59% (impacto de -0,92 p.p.), o etanol, -9,3% (-0,03 p.p.) e óleo diesel -2,38, (-0,01 p.p. de impacto).

Depois da onda de aumentos que se iniciou em junho de 2020, que gerou acúmulos de 7,76% naquele ano e 42,53% no seguinte (2021), no acumulado do ano de 2022 combustíveisregistram -18,78%. Nos últimos doze meses, foi registrado um total de -9,07%.

O maior impacto positivo (0,07 p.p.) veio do item veículo próprio (0,55%). No entanto, o maior aumento do grupo foi registrado no subitem táxi (10,11%), seguido de transporte por aplicativo (10,09% e impacto de 0,03 p.p.).

Ainda em Transportes, destacam-se as passagens aéreas, subitem que caiu 15,13%, com impacto de -0,04 p.p. No grupo vestuário, sapato infantil e vestido tiveram variação positiva Após alta em junho (1,91%), o grupo Vestuário começou a desacelerar em julho (1,82%), apresentando a mesma tendência para o mês seguinte. Em agosto, a categoria apresentou aumento de 1,39% e impacto de 0,06 p.p. na inflação da capital.

Na comparação com os demais produtos e serviços pesquisados na capital, Vestuário é o grupo que apresentou maior variação positiva. Os subitens sapato infantil e vestido foram os que tiveram maiores valores positivos no grupo, tendo aumentado 3,55% e 3,41% respetivamente. No lado das quedas, ganham destaque os subitens agasalho feminino (-2,08%) e bermuda/short infantil (-1,71%).

Energia elétrica volta a subir no mês de agosto

Em Campo Grande, o grupo Habitação (0,71%) voltou a ter alta no mês de agosto. A maior alta veio do subitem mudança (3,92%), seguido pela água sanitária (3,00%) e sabão em pó (2,94%) e a maior baixa veio do cimento (-2,82%). A energia elétrica residencial, que no mês de julho apresentou queda de 0,93%, ficou com 1,24% em agosto.

Outro subitem, a taxa de água e esgoto que em janeiro teve reajuste de 5%, no mês de agosto recebeu reajuste complementar da companhia de águas (0,60%) ficando com a variação de 0,64% no mês. Higiene pessoal e plano de saúde respondem pela alta do grupo Saúde e cuidados pessoais

No grupo Saúde e cuidados pessoais (1,27%) em Campo Grande, as principais contribuições do mês vieram dos itens de higiene pessoal (3,46%) e do plano de saúde (1,16%). No caso do plano de saúde, foi incorporada a fração mensal referente ao reajuste de 15,50% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar para os planos novos, que têm peso de 89% no painel do subitem.

Após reajuste do subitem cigarro no mês anterior, Despesas pessoais desacelera

O grupo Despesas pessoais (0,46%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,72%) em Campo Grande. Os dois principais destaques foram os subitens tratamento de animais (2,20%), sobrancelha (2,09%) e brinquedo (1,77%). No lado das quedas, ficaram hospedagem (-2,95%), serviço de higiene para animais (-0,91%) e depilação (-0,45%).

Após o grupo Educação ter apresentado desaceleração em julho (0,03%), houve uma tendência de recuperação em agosto (1,0%). Esse resultado é fruto direto dos subitens livro não didático (2,69%), papelaria (2,24%) e ensino superior (2,20%). No lado das quedas, os destaques foram autoescola (-1,59%), pós-graduação (-1,45%) e creche (-,63%).

O grupo Comunicação apresentou queda em agosto de 2022, com variação mensal de -0,68% em Campo Grande. O maior valor negativo veio do subitem plano de telefonia fixa, que apresentou índice de -9,58%.

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