Inadimplência rural em MS é de 16,1%, bem menor que na cidade

Inadimplência

Pesquisa do Serasa mostrou que produtores rurais têm pontuação melhor que a população urbana

A taxa de inadimplência do produtor rural sul-mato-grossense soma 16,1%, na pesquisa inédita da Serasa Experian em importantes estados agrícolas do país, apontando que os bons resultados do agronegócio colaboram para que o índice de pessoas com dívidas atrasadas seja menos da metade da população geral (37,7%). O volume de devedores no meio rural é bem inferior ao da cidade, que é de 41,8% da população adulta. No Brasil a taxa de endividamento no setor é de 15,9%.

O resultado do estudo deve colaborar para o processo de melhora do “score” de crédito da população do campo, que ainda sofre com os efeitos da falta de dados sobre a sua capacidade de pagamento, como limites de financiamento e juros não compatíveis com o perfil de risco.

“O estudo revela o bom momento econômico que o setor agro tem vivido, não só este ano, praticamente desde o fim de 2018, com aumento de preços de commodities no mercado internacional”, afirmou o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, ao antecipar a publicação da pesquisa à Reuters.

“Isso tem proporcionado um crescimento desse setor praticamente ao largo do que tem acontecido com o resto da economia”, acrescentou, destacando que a pesquisa envolveu produtores das mais variadas faixas de rendas, incluindo agricultores familiares e assentados.

Entre sete estados pesquisados, o indicador apurado em uma amostra de 95 mil produtores rurais mostrou que o Rio Grande do Sul tem a menor taxa de inadimplência no setor (11,3%), seguido pelo Paraná (13,5%), ao passo que os respectivos índices gerais desses estados são de 35,2% e 37,1%.

Em Mato Grosso, maior produtor de grãos do Brasil, o índice de inadimplência do produtor rural é de 23,5%, ao passo que o geral é mais que o dobro (47,7%).

“Quem trabalha neste setor [agropecuário] tem conseguido gerar renda, e essa renda obviamente é a sua capacidade de pagamento, e o percentual de inadimplência acaba sendo menor do que o indivíduo médio que não é produtor rural”, ressaltou o economista da Serasa.

(Confira a matéria completa na página B4 da versão digital do jornal O Estado)

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