Impactada por transportes, inflação de Campo Grande desacelera e fica em 0,11%

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Imagem: Reprodução/Nilson Figueiredo

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março em Campo Grande foi de 0,11% e ficou 0,70 ponto percentual abaixo da taxa de fevereiro (0,81%). No ano, o IPCA acumula alta de 1,41% e, nos últimos 12 meses, de 4,32%, abaixo dos 4,92% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Os preços de seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande tiveram alta em março. A maior variação (0,46%) veio do grupo Vestuário e o maior impacto (0,25 p.p.) veio do grupo Transportes.

Outros destaques foram os grupos Despesas Pessoais (0,40% e 0,03 p.p.), Habitação (0,14% e 0,02 p.p.) e Saúde e cuidados pessoais (0,13% e 0,01 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,72% de Artigos de residência e o 0,01% de Alimentação e bebidas.

No grupo Alimentação e bebidas (0,01%), a alimentação no domicílio registrou queda de 0,06% em março. Contribuíram para esse resultado as quedas da batata-inglesa (-21,43%), do repolho (-16,31%), do abacaxi (-6,91%), do frango inteiro (-1,07%) e das carnes (-1,59%). No lado das altas vieram a cebola (14,28%), a banana-maçã (13,41%), o ovo de galinha (6,77%) e o tomate (2,22%).

A alimentação fora do domicílio (0,20%) desacelerou em relação ao mês de fevereiro (0,89%). O subitem refeição teve queda de 0,06%, enquanto o lanche registrou alta de (0,43%).

Reajuste da tarifa do ônibus urbano contribui para a alta do grupo Transportes

O grupo Transportes registrou um aumento de 0,22% em março, porém, houve queda nos preços da passagem aérea de (-12,10%) para (-10,21%). Entre os combustíveis pesquisados, etanol (1,19%) e gasolina (1,43%) apresentaram um aumento enquanto o óleo diesel (-0,49%) registrou recuo nos preços.

Ainda em Transportes, o ônibus urbano em Campo Grande teve um aumento de 1,08%, variação influenciada pelo reajuste de 2,94% no preço da passagem, a partir de 14 de março. Já em ônibus intermunicipal não houve variação (0,00%).

Artigos de limpeza contribuem para estabilidade no grupo Habitação

Em Campo Grande, o grupo Habitação apresentou alta de 0,14% em março, porém representando um leve recuo se comparado ao mês de fevereiro (0,15%). As maiores altas vieram dos subitens mudança (3,89%), amaciante e alvejante (0,89%) e mão de obra (0,60%). Já no lado das quedas, se destacaram os subitens: sabão em pó (-2,23%), detergente (-1,99%) e tinta (-1,34%).

Grupo Saúde e cuidados pessoais desacelera, porém mantém alta pelo oitavo mês consecutivo

No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,17%), apesar da taxa positiva, apresentou queda em relação ao mês anterior (0,37%). Os subitens que apresentaram maior alta foram o antidiabético (3,11%), produto para pele (3,07%) e neurológico (2,98%). As principais quedas ficaram com os subitens sabonete (-3,64%), produto para barba (-2,08%) e desodorante (-2,04%).

Alta no grupo Despesas Pessoais persiste alavancada pelo subitem Cinema, teatro e concertos

No grupo Despesas Pessoais (0,40%), a alta foi alavancada pelos subitens cinema, teatro e concertos (10,27%), cigarro (1,55%), sobrancelha (1,22%). As principais quedas vieram dos subitens brinquedo (-2,86%), hospedagem (-1,11%) e depilação (-1,03%).

Artigos de residência (-0,72%) apresentaram segunda queda consecutiva no ano

O grupo Artigos de residência teve variação mensal de -0,72% em março, registrando 0,63% na variação acumulada em 12 meses. Os destaques nas quedas, vieram dos subitens ar-condicionado (-5,14%) e fogão (-3,10%) que apresentaram as maiores variações negativas para esse grupo. Já os subitens com as maiores altas foram reforma de estofado (3,01%), conserto de celular (1,94%) e ventilador (1,15%).

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