“Faraó dos Bitcoins” se aliou a amigos de Pablo Escobar

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Na manhã de hoje (11), a Polícia Federal (PF), em conjunto com a GAECO/ MPF deflagrou uma operação policial com objetivo de desarticular organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas. Em Mato Grosso do Sul, Glaidson Santos, mais conhecido como “Faraó dos Bitcoins” responde a pelo menos sete processos em Campo Grande e outro em Corumbá de clientes que investiram no mercado de criptomoedas. 

De acordo com a Polícia Federal, as ações totalizaram R$ 1 milhão em pedidos de ressarcimentos.  Na ação de hoje, foram cumpridos 5 mandados de prisão preventiva e 4 mandados de busca e apreensão, nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Cabo Frio (RJ)., além de inclusão dos alvos, que estão nos Estados Unidos, na difusão vermelha (red notice) da Interpol. Nesta mesma operação foram apreendidos 10 veículos de luxo, avaliados em R$ 6 milhões. 

Segundo informações da investigação, a organização criminosa estendeu sua atuação ilícita para o exterior, promovendo a atividade de captação de recursos financeiros de terceiros ilícita para o exterior, promovendo a atividade de captação de recursos financeiros de terceiros nos Estados Unidos, Portugal e outros países. De acordo com a PF, nos EUA, a atuação foi estruturada por um indivíduo que saiu do Brasil portando passaporte falso, em razão de condenação prévia por tráfico internacional de drogas, ocasião na qual fora preso por ser um dos pilotos responsáveis pelo transporte de drogas do cartel comandado pelo narcotraficante Pablo Escobar.

 

Divulgação/ PF

Essa atividade se desenvolveu por meio da utilização de documentos falsos, mediante a criação de invoices sem lastro, a fim de que fosse justificada a profusão de depósitos nas contas de empresas criadas em solo americano. Ainda de acordo com a polícia, a saída desses valores se dava por meio de depósito, em favor de líder da organização criminosa, de criptoativos, alastrados em dólar americanos, também chamados de stablecoins. 

Além disso, ele foi o responsável por viabilizar a documentação necessária aos líderes da organização criminosa nos EUA., bem como satisfazer séries de desejos pessoais, como aquisição de aeronaves com capacidade de 19 pessoas, por meio de seus familiares. 

Todos os investigados poderão responder pela prática de crimes de emissão ilegal de valores mobiliarios sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais. Caso sejam condenados, poderão cumprir pena de 22 anos de reclusão. 

Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais. Se condenados, poderão cumprir pena de até 22 anos de reclusão. 

 

Faraó dos Bitcoins 

Em Mato Grosso do Sul, os processos de contrato e devolução de dinheiro tramitam nas cidades de Campo Grande e Corumbá. De acordo com os documentos, a sentença judicial determinou provimento parcial, concedendo indenização de R$ 8,9 mil aos clientes. 

Ainda de acordo com o processo, as vítimas relataram promessas de retornos exorbitantes para novos investimentos. Alguns desses alvos foram fisgadas em festas de glamour, regadas com muito uísque importado, champanhe francesa e vinhos caríssimos. 

Faraó dos Bitcoins é acusado de comandar um esquema bilionário de fraudes a partir do sistema de pirâmide financeira envolvendo criptomoedas. De acordo com informações policiais, pelo menos, R$ 38,2 bilhões foram movimentados entre os anos de 2015 e 2021 seja no Brasil e no exterior. 

Glaidson Santos está atualmente no Presídio Laércio da Costa Pellegrino, conhecido como Bangu 1, no Rio de Janeiro (RJ). 

 

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