Na residência da mulher, foram encontradas seringas usadas e descartadas fora do padrão sanitário, além substâncias utilizadas para aplicação de ácido hialurônico e botox.
Na manhã desta sexta-feira(20),a polícia civil cumpriu mandado de busca e apreensão, uma na residência e outro na clínica da mulher de 27 anos de idade que se apresentava como esteticista e biomédica e causou lesões em pelo menos quatro pessoas ao realizar procedimento de preenchimento labial com ácido.
Na casa foram apreendidas dezena de seringas já utilizadas com descarte em desacordo com as normas sanitárias, além de diversas substâncias usadas para aplicação de ácido hialurônico e botox.
A mulher também se apresentou falsamente como biomédica, já que não possui nenhuma formação superior. A Universidade Cesumar informou que ela chegou a frequentar o curso de Bbomedicina, mas não se formou. Após a repercussão do caso na imprensa, a investigada apagou a informação em sua rede social de que era biomédica.
A mulher disse a polícia que as pacientes atendidas na sexta-feira(13) tiveram reação alérgica e que a substância usada foi comprada de forma irregular de uma conhecida por meio das redes sociais. A polícia apreendeu uma caixa do medicamento, que será submetido a perícia para verificação de sua substância e origem.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Bárbara Alves, a população deve ficar atenta ao tipo de profissional que escolhe para realizar procedimentos estéticos, sobretudo aqueles que possuem metido invasivo com uso de seringas.
“Os conselhos profissionais todos possuem consulta pública para que o consumidor verifique se as credenciais informadas pelo profissional são verdadeiras”, explica.
O juiz deferiu, também a pedido da investigação, a suspensão da atuação profissional da falsa biomédica no campo da estética e a vigilância sanitária fará uma fiscalização no local onde ela usava para atender suas pacientes.
A ação de busca e apreensão foi realizada pela 2ª Delegacia de Campo Grande com apoio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon).
Confira o vídeo abaixo:
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