EUA e França concordam com volta da Rússia ao G7

Os líderes dos Estados Unidos e da França se alinharam na segunda-feira (26), em favor do retorno da Rússia aos encontros de cúpula do G7, que voltaria ao seu formato de G8. O plano de retomar a presença de Moscou no G7 partiu dos Estados Unidos, que já defendera a ideia no ano passado no Canadá e novamente levou o tema à reunião de cúpula de Biarritz, encerrada nesta segunda.

O aval dos Estados Unidos era essencial na estratégia de Macron, que procura atrair Moscou como forma de diminuir as tensões da Rússia com a Europa. Apesar do mal estar ainda prevalecente da tomada da Crimeia da Ucrânia pelas forças militares russas, que resultou em sanções aprovadas pelas Nações Unidas, a diplomacia francesa considera melhor opção ter a Rússia de volta ao grupo das maiores potências ocidentais.

Em entrevista conjunta de Donald Trump e Emmanuel Macron, na cidade francesa de Biarritz, o americano afirmou que “certamente convidaria” o russo Vladimir Putin para a próxima reunião, que se dará nos Estados Unidos. Trump, aliás quer sediá-la em seu resort na Flórida.  A Rússia fora afastada do fórum em 2014, como reação dos demais membros à anexação da Crimeia. Desde 1997, quando havia ingresso formalmente, o grupo se convertera em G8.

“Certamente eu o convidaria”, afirmou Trump ao ser questionado pela imprensa sobre a possível participação de Putin na próxima reunião de líderes do G7. Em seguida, disse não saber se Putin aceitaria o convite porque seria “psicologicamente” difícil para o presidente russo.

“Eu não faço as coisas por razões políticas. Eu só estou pensando no mundo, e estou pensando sobre o país. Acho que seria melhor ter a Rússia dentro da tenda do que fora dela”, completou.

Na véspera do início da reunião do G7 em Biarritz, Macron recebeu Putin em sua casa no sul da França. A expectativa francesa é de sucesso na esperada negociação entre o líder russo e o novo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre a Crimeia. Esse passo será fundamental para o completo retorno de Moscou ao G7. (VEJA com João Fernandes)

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