Empresários apostam em Campo Grande como epicentro de conexões aéreas

Empresa já tem
operações consolidadas
na Bolívia e espera
expandir na Capital ( Foto: Evandro Pereira)
Empresa já tem operações consolidadas na Bolívia e espera expandir na Capital ( Foto: Evandro Pereira)

Companhia brasileira pretende conectar rotas regionais com voos para América Latina e EUA

A companhia aérea brasileira “Total Linhas Aéreas” está apostando em Campo Grande para estabelecer um centro de conexões em Campo Grande, um aeroporto como principal ponto de conexões para os voos, favorecendo, além de rotas diretas, voos entre países vizinhos e o fomento do traslado regional. A empresa planeja conexão direta da Capital para os Estados Unidos. Com a proposta em negociação com o município e o governo do estado, o plano pode ser colocado em prática até dezembro, contribuindo para economia, turismo e cultura local.

Por suas divisas com regiões metropolitanas e fronteiras ao sul com Bolívia e Paraguai, Campo Grande chama a atenção do CEO da Companhia, que pretende fazer da região um epicentro de novas rotas. “Campo Grande tem uma localização muito especial até porque nós vamos fazer rotas para o Paraguai, que é fronteira, além de pretendermos voos internacionais para Argentina fazendo esse intercalço”, destaca Paulo Amada, CEO da Companhia, que possui mais de 30 anos de experiência em consultoria aeronáutica.

Com mais de 36 anos de mercado, a Total Linhas Aéreas possui sede em Brasília e filiais em Belo Horizonte e Curitiba. Além de ser especialista em transporte cargueiro aeronáutico, a empresa tem tradição em operações aéreas com modelos ATR para passageiros. Por sua parceria com a Ecojet, linha aérea boliviana, a Companhia quer expandir sua frota regional também, além de uma conexão direta para os Estados Unidos.

“Nós temos operações estabelecidas na Bolívia com a Ecojet, então faz todo sentido fazer essa ligação com o Brasil por Mato Grosso do Sul e aumentar a malha regional. Nosso plano é regional. Existe uma intenção futura de nessas parcerias ter um voo saindo de Campo Grande internacional para os Estados Unidos, o que seria gratificante para a região, não ter que ir a São Paulo para viajar para outro lugar do mundo”. A proposta de estabelecer um hub na Capital tem o prazo de sair do papel até o fim desse ano, enquanto o voo para a América do Norte é previsto para 2025.

Durante a tarde de ontem (8), empresários se reuniram com a prefeita da Capital, Adriane Lopes quem mostrou o seu apoio ao novo empreendimento e destacou a importância de ter novas empresas de olho nas oportunidades que a cidade pode oferecer.

“Ao assumir a gestão, priorizei o desenvolvimento econômico de Campo Grande, pois acredito que emprego e renda são fundamentais para a qualidade de vida. Agradeço a presença dos representantes da Total Linhas Aéreas e reforço que nossa gestão apoia investidores como eles. A ideia de termos uma empresa com voos diretos para Paraguai e Bolívia é muito significativa, pois gera emprego, renda e qualificação profissional para nossa população”, disse a prefeita Adriane.

Também visitaram a governadoria, onde foram recebidos por Rodrigo Perez Ramos – Secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica.

Fomento ao interior de MS

Outra iniciativa para o Mato Grosso do Sul é estabelecer um centro de manutenção de excelência em Três Lagoas. O convite foi proposto pelo Estado com o intuito de gerar empregos e fomentar a economia, segundo Paulo Amada.

“Foi proposto pelo governo do estado estabelecer um centro de manutenção de excelência para nossa frota e externalizar para outras empresas também. A ideia é abrir um hangar profissional com sede em Três Lagoas, para estimular empregos e a economia”, revela. “O estado tem mostrado muito boa vontade, tivemos uma reunião muito boa com secretários que demonstraram uma capacidade de gestão muito rápida desses acordos”. Conforme o CEO é essencial para Mato Grosso do Sul ter um hangar de manutenção, que possa fazer uma malha que interaja com cidades que tenham necessidade e possibilitar todas essas conexões.

A expectativa da empresa, além de fomentar um hub no Estado via Campo Grande para promover conexões regionais e conexões diretas com a América Latina e América do Norte, é ter um hub no Nordeste e São Paulo até o fim de 2024. “Estamos em ampliação. Queremos chegar com 7 aeronaves até o final desse ano para transporte de passageiros regional e, para a frota de cargueiros, nós pretendemos chegar na faixa de 9 aviões até o fim do mesmo período. Ano que vem, nós pretendemos dobrar a frota de passageiros até o final do ano que vem”, disse.

 

Por Ana Cavalcante

 

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