Em plena colheita, clima agora preocupa produtores do Estado

Fenômeno La Niña pode interferir no desenvolvimento das culturas

Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul deverão intensificar a colheita da soja nesta semana já pensando na safrinha e no clima que promete oscilações fortes neste ano. Relatório do modelo meteorológico da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) mostra possível presença do La Niña até meados do início da primavera. Fatores climáticos impactam diretamente no setor agrícola, e são fundamentais para o planejamento e a tomada de decisões. 

A previsão é de que o fenômeno diminua de intensidade até o meio do ano e volte a aumentar. Mesmo que não seja tão forte como no fim de 2020, o aumento de La Niña ao longo do segundo semestre pode trazer novamente um possível atraso de chuva para as regiões sudoeste e centro-oeste do Brasil, conforme análise da Somar Meteorologia.

Uma possível concretização dessa condição estimada gera preocupação no setor agrícola, destaca o diretor-executivo da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural, Fernando Luiz Nascimento. “Se essas previsões confirmarem, o que pode acontecer  na safra de verão 2021/22 é um atraso do plantio como ocorreu nesta safra atual, isso é um risco. Outro risco é agora para o milho safrinha. Existe uma previsão da Embrapa de 75% de chance de probabilidade de ocorrer pelo menos uma geada nesse outono/inverno nosso. E é exatamente neste período que nós temos a principal safra de milho. O milho safrinha hoje é a principal safra do Estado no período de inverno. Então é preocupante porque pode afetar o milho numa fase que ele é muito sensível”, explica.

Para reduzir os riscos na hora do cultivo e ter mais segurança na produção, ele recomenda que o agricultor use o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). “Plante dentro do período recomendado. No caso do milho, até o mês de março. Evite prolongar o máximo possível o plantio. Porque se realmente acontecer essa questão da geada lá por maio ou julho, pode complicar a questão da produtividade do milho safrinha aqui em MS”, orienta. 

(Confira mais na página B4 da versão digital do jornal O Estado)

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