A altitude foi um dos principais obstáculos que a seleção brasileira de kung fu wushu enfrentou no 8° Campeonato Sul-Americano encerrado no fim de semana. Em Laz Paz, a 3640m acima do nível do mar, Edinéia Camargo e Jhonathan Prado, de Mato Grosso do Sul, conquistaram a medalha de ouro na Bolívia.
Jhonatan foi o melhor na categoria até 65 kg, em chave que concorreu com atletas da Bolívia, Chile, República Dominicana e Argentina, contra quem disputou a final. “O evento foi muito bom, mas o que pegou todo mundo foi a questão da altitude. A dificuldade é maior para respirar, muitos atletas passaram mal”, disse o lutador do Estado. “(Na) Minha primeira luta senti um pouco a respiração mas lutei bem, já a final não senti muita diferença. Foi uma luta dura, meu adversário muito forte, mas consegui impor meu jogo na luta e fui vitorioso”, completou o brasileiro.
No feminino, Edinéia ratificou o problema sofrido na capital boliviana. “A competição foi grandiosa, contou com a participação de oito países. A maior dificuldade na competição foi quanto a adaptação à altitude, é realmente muito difícil manter o mesmo rendimento, na verdade impossível”, afirma a sul-mato-grossense. “Muitos atletas passaram mal durante a competição. Consegui sair com a vitória, esse título é o meu tetra sul-americano. Fiquei muito feliz e motivada, em sete dias estarei embarcando para o Campeonato Brasileiro, então agora é chegar em casa e fazer alguns ajustes”, acrescentou um dos principais nomes da seleção nacional.
Na categoria até 52 kg, Edinéia teve a companhia de atletas da Bolívia, Chile, e República Dominicana, cujo representante foi a adversária superada na decisão.
O Brasil contou com a presença de vinte atletas da modalidade Sanda e voltou com 100% de aproveitamento no quesito medalhas. Apenas um voltou com medalha de bronze, o resto foram medalhas de ouro. (Danielle Mugarte com Luciano Shakihama)