A elevação do dólar teve um novo repique na tarde desta segunda-feira (15), quando ele chegou a ser cotado a R$ 5,21, por volta das 14h30. Pouco depois, às 15 horas (horário de Brasília), recuou para R$ 5,19, numa valorização de 1,47%.
Desta vez, a valorização da moeda americana ocorreu com a confirmação por parte do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da mudança da meta fiscal para 2025.
O dólar abriu em leve queda nesta segunda-feira, mas inverteu o sentido para a alta por volta de 9h30 (horário de Brasília) com a escalada da tensão no Oriente Médio em foco. Às 9h50, a moeda à vista subia 0,66%, a R$ 5,1511 na venda.
Na última sexta (12), o dólar subiu 0,61%, em sua terceira sessão consecutiva de valorização, e fechou o dia cotado a R$ 5,121, renovando seu maior valor desde outubro do ano passado, com as perspectivas de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos. No acumulado da semana, o avanço foi de 1,11%, o mais intenso desde janeiro.
Na noite de sábado, centenas de drones e mísseis lançados de forma inédita pelo Irã de seu próprio território em direção a Israel avançou mais um passo na disputa maior na região entre Tel Aviv e o autodenominado “Eixo da Resistência” –grupo de atores liderados por Teerã que se opõem ao Estado judeu, entre eles o Hamas na Faixa de Gaza.
A expectativa era que o conflito causasse choques nos preços do petróleo, o que não ocorreu. Nesta manhã, petróleo Brent, referência internacional, caiu 1% para US$ 89,52 por barril. O West Texas Intermediate, referência dos EUA, caiu 1,2% para US$ 84,63 por barril. Os mercados de ações também tiveram reações contidas.
O principal motivo para o salto recente da divisa continua sendo os dados recentes de inflação nos Estados Unidos, que enterraram apostas de queda de juros no país neste semestre.
A perspectiva de juros mais altos nos EUA beneficia o dólar pois aumenta a rentabilidade da renda fixa americana, atraindo recursos para o país e penalizando mercados de maior risco, como o Brasil.
A Bolsa brasileira também foi penalizada e passou a registrou queda, pressionada pelo setor financeiro. O Ibovespa recuou 1,13%, terminando o dia aos 125.946 pontos, o nível mais baixo do ano.
Com informações da Folhapress
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