Uma cratera de aproximadamente 4 metros de profundidade se abriu na tarde de ontem (11), na Rua Maracaju entre a 14 de julho e a Calógeras, região central de Campo Grande. O buraco gerou indignação de motoristas e comerciantes que passam pela região, visto que o local passou por obras de recapeamento no final do ano passado.
O comerciante Fumiaki Noda trabalha mais de 50 anos na região, antes da erosão ele notou que havia um pequeno buraco no local e acionou as autoridades competentes, contudo foi informado que as equipes responsáveis só iriam verificar no dia seguinte.
“Vi o buraco se abrindo a avisei um guarda metropolitano, era um buraco pequeno, mas já estava trincando em volta e conforme os carros iam passando o buraco ia aumentando. A prefeitura foi avisada, mas disseram que só poderia arrumar no dia seguinte, então os próprios comerciantes colocaram galhos e cone para sinalizar o local”, disse.
O comerciante acredita que a erosão era iminente e que o alto volume de chuvas registrado nos últimos dias contribuíram para a abertura da cratera.
“Quando chove a água entra e vai corroendo por baixo, acredito que tenha algumas entradas de água, antes da erosão o local já estava corroendo por baixo e o asfalto velho ia abaixando e recapeavam por cima, e acredito que isso já vinha ocorrendo a tempos e com a última chuva pode ser que água tenha transbordado resultando nisso”, opinou.
Calil Campos de 59 anos, conta que mora no local a mais de 50 anos e a primeira vez que presenciou uma erosão desse tipo.
“Aqui têm uma obra de canalização que foi feita nos anos 70 e foi muito bem feita porque tinha que passar a pista em cima, então nunca tinha ocorrido problema de erosão, o problema mesmo era antigamente porque ficava a seu aberto. Aqui nunca teve buraco assim estou perplexo com essa situação”, afirmou.
Devido à erosão parte da rua Maracaju entre a Avenida Calógeras e a Rua 14 de Julho, está interditada até que o local seja recuperado, por isso é recomendado que os motoristas optem por rotas alternativas.
A equipe de reportagem do Estado Online entrou em contato com a Sisep (Secretaria Municipal De Infraestrutura e Serviços Públicos) para saber os causas da erosão, mas não obteve resposta.

Foto: João Gabriel Vilalba
Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.