Com maior inflação em cinco anos, setor de serviços abrem 2022 em queda

Foto: Revena Rosa/Agência Brasil
Foto: Revena Rosa/Agência Brasil

Ainda em recuperação dos efeitos da variante Ômicron, as atividades terciárias devem apresentar preços pressionados pelo reajuste de tarifas, segundo análise da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

A estimativa da entidade é que, com a maior permanência dos juros mais altos, o volume de receitas do setor de serviços apresente queda de 0,9% neste ano, enquanto o de turismo deve registrar aumento de 1,6%.

A projeção leva em consideração os dados da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) de janeiro de 2022, divulgada nesta semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que apontou recuo no volume de vendas do setor de serviços, na comparação com dezembro de 2021.

Já em relação ao mesmo mês do ano anterior, o segmento registrou crescimento de 9,5%, a 11ª expansão mensal consecutiva.

Dos cinco grupos de atividades avaliados, três apontaram quedas mensais, destacando-se negativamente os serviços de informação e comunicação (-4,7%) e os prestados às famílias (-1,4%).

O setor de serviços, no entanto, é o único a apresentar um nível de atividade econômica acima do verificado às vésperas da crise sanitária, com um volume de geração real de receitas 7% superior ao registrado em fevereiro de 2020.

Sobre a retração, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, lembra que o mês de janeiro foi marcado pela retomada do isolamento social, em consequência do avanço da variante Ômicron.

“A circulação de pessoas havia apresentado clara tendência de avanço desde a segunda onda da pandemia, mas o cenário se modificou de 2021 para 2022, prejudicando o nível de atividades do setor e interrompendo a sequência de dois meses de avanço no volume de receitas”.

 

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