Com campanhas do TSE e de artistas, procura de jovens para solicitar título de eleitor aumenta

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Foto: Divulgação/TSE

Após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgar que o mês de fevereiro registrou a menor quantidade de títulos eleitorais emitidos para adolescentes entre 15 e 16 anos na história, os números atualizados do mês de março mostram uma clara evolução no engajamento dos jovens votantes. O resultado pode ter tido influência de mobilizações da classe artística e campanhas de conscientização do próprio órgão.

Entre os dias 14 e 18 deste mês, o tribunal promoveu a Semana do Jovem Eleitor, direcionada a convencer os brasileiros de 15 a 18 anos a solicitarem o documento. A ação conseguiu números expressivos: 96.425 novos títulos foram emitidos, com destaque para o dia 17, quando 22.407 jovens se habilitaram para participar das eleições de 2022.

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Vale ressaltar que o prazo para fazer um título novo ou regularizar a situação de um antigo vai até o dia 4 de maio. Além disso, jovens com 15 anos agora e que farão 16 antes do dia 2 de outubro (dia da eleição) estão aptos para requisitar o direito votar.

A participação ativa de artistas influentes em redes sociais e shows na última semana pode ser outro fator a contribuir para o aumento dos números.

Na quinta-feira (24), a cantora Anitta, que chegou ao topo do ranking do Spotify com a música mais ouvida do mundo, postou uma série de mensagens no Twitter convocando seus fãs mais jovens a tirarem seus títulos. Os tweets repercutiram até mesmo com o ator estado-unidense Mark Ruffalo, famoso por interpretar o personagem Hulk nos filmes da Marvel.

“Em 2020, os americanos derrotaram Donald Trump apenas porque um número recorde de eleitores usou seus direitos democráticos, especialmente pessoas jovens. Para derrotar Bolsonaro, brasileiros com idade entre 16 e 17 devem se registrar para votar nas próximas eleições. Eles têm até 4 de maio para fazer isso em olhaobarulhinho.com“, escreveu o ator.

Já durante o fim de semana, inúmeras bandas e músicos brasileiros que se apresentaram no festival Lollapalooza, sediado no autódromo de Interlagos, em São Paulo, falaram sobre o assunto com o público.

Destaques para Pabblo Vittar, Jão, Gloria Groove, Marina Sena, Fresno, Emidicida e Marcelo D2. A maioria dos artistas que tratou do assunto também se manifestou contra o governo do presidente Bolsonaro, fato que fez com que o chefe do Executivo Nacional entrasse com ação no TSE tentando impedir novas manifestações do tipo.

O ministro Raul Araújo, do Tribunal, chegou a acatar o pedido e determinar multa de R$ 50 mil para a organização do Lolla em caso de novos protestos. Contudo, o Governo Federal errou o número do CNPJ da empresa a ser intimada no documento encaminhado ao TSE e a decisão não pôde ser executada.

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