Campo Grande publicou nesta terça-feira (1) no Diário Oficial as normativas que atualizam o período de isolamento e os protocolos para testagem de pacientes suspeitos de COVID-19 na Capital. Seguindo as normas do Ministério da Saúde, entre as medidas, pessoas sem sintomas podem retornar as atividades após o 7º dia de isolamento.
“Se, no sétimo dia do início dos sintomas o paciente não tiver nenhum sintoma respiratório nem febre, no dia seguinte pode retornar às suas atividades normais. Mas caso ainda apresente tosse, dificuldade de respirar ou ainda for necessário uso de antitérmico, deve prosseguir em isolamento até o 10º dia”, explica a responsável pelo serviço de vigilância dos vírus respiratórios, Alessandra Lyrio.
Segundo o infectologista Júlio Croda, o método não é totalmente confiável devido a possibilidade de transmissão do vírus. “O risco de transmissão após 14 dias é de 1,4%, após 10 dias é 5,1% e após 7 dias é 14%. O risco nunca vai ser zero”, explica.
Croda ainda destaca que como medida complementar para o retorno precoce das atividades o paciente deve fazer uso de mascara até 10 dias, evitando contato com pessoas imunodeprimidas e não participar de atividades com aglomeração de pessoas sem o uso de máscara.
Além do protocolo de isolamento, a orientação de testagem dos pacientes suspeitos também foi atualizada. Não é recomendável a testagem em quem não possui sintoma ou não teve contato com caso positivo, da mesma forma que em pacientes que já têm o diagnóstico da COVID-19 e desejam fazer a retestagem para deixar o isolamento.
Se ao 10º dia de isolamento, a pessoa permanecer sintomática, a recomendação é nota é de manter o isolamento até que complete 24 horas sem nenhum sintoma e sem febre, independente do tempo, podendo ser liberado após esse período, sem nova testagem.
Os pacientes sintomáticos respiratórios serão testados normalmente, e, caso tenha diagnóstico negativo para COVID-19, a nota também informa qual o protocolo a ser adotado. Levando em consideração os sintomas referidos, o paciente poderá ser tratado como síndrome gripal por decorrência de Influenza ou por outro vírus não especificado.
Nesta caso Júlio Croda orienta que a pessoa faça um isolamento por 7 dias. “Independente de ser Influenza ou COVID, você vai estar prevenindo a transmissão”, informou o infectologista.