A incidência de casos de COVID-19 tem crescido em todo o Brasil, somente nas últimas 24 horas foram registrados 13.571 casos e 47 mortes no país. Com aumento de casos diversas cidades brasileiras como Curitiba, Poço de Caldas (MG) e São Bernardo do Campo (SP), estão voltando a recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados para prevenir a disseminação da doença.
No estado de Santa Catarina, órgãos de vigilância epidemiológica divulgaram ontem (23), uma nota reforçando a importância do uso da máscara para prevenir a Covid-19, após alta nas internações de crianças e bebês. Vale ressaltar que no Brasil, bebês e crianças de menos de 5 anos de idade ainda não podem se vacinar contra a doença.
Grande parte dos decretos que obrigam ou recomendam o uso de máscaras se restringem a locais fechados e de grande circulação como escolas, hospitais e transporte escolar ou público e restaurantes.
A desobrigatoriedade do uso de máscaras em Mato Grosso do Sul foi anunciada em março deste ano pela SES (Secretaria de Estado de Sáude). “Com a desaceleração da Covid-19 em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado decretou a desobrigação do uso da máscara em locais abertos e fechados”, destaca o comunicado divulgado pelo governo do Estado.
Apesar de desobrigar o uso, a SES recomenda que a população siga usando máscaras em escolas, hospitais e transporte coletivo, o item também é recomendado para pessoas imunossuprimidas, com comorbidades graves e que não tenham sido vacinadas.
Fim da emergência de COVID
Governo federal determinou no último domingo (22), o fim da Espin (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional) no Brasil pela COVID-19, contudo, em Mato Grosso do Sul, o Comitê Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia) permanecerá monitorando o coronavírus nos 79 municípios.
Infectologista e coordenador de pesquisas da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Rivaldo Venâncio, o fim da Espin não é o fim da pandemia, pois isso depende da avaliação da OMS, que leva em consideração a situação de todos os continentes. Porém, ele acredita que hoje as pessoas enfrentam doenças virais de maneira mais responsável.
“Todos nós aprendemos com a pandemia. Nós sempre negligenciamos essas infecções respiratórias, poucos utilizavam máscaras quando estavam gripados. Agora o uso de máscaras e a higienização passam a ser parte do modus de vida nosso, mais higiênico. Estamos um pouquinho mais higiênicos e cuidadosos com a nossa saúde e coletiva”, acredita Rivaldo.
Com informações da repórter Kamila Alcântara.
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