Clientes usam e empreendedores adoram, Pix ajuda mais de 50% no faturamento

Matheus Martins, sócio-proprietário da Pamonharia da Adriana - Foto: arquivo pessoal
Matheus Martins, sócio-proprietário da Pamonharia da Adriana - Foto: arquivo pessoal

Donos de pequenos negócios em Campo Grande aprovam a forma de pagamento e comentam o sucesso nas vendas via a transação

 

Difícil hoje em dia é achar quem não usa o Pix, o método de pagamento caiu no gosto dos consumidores brasileiros. De acordo com um levantamento do Sebrae, a ferramenta é a principal forma de pagamento e responde pela maior parte do faturamento de metade dos MEI (Microempreendedores Individuais). O Pix se tornou um fator impulsionador para a designer de unhas, Débora Castanho, que realiza seus atendimentos no bairro Vila Taquarussu, para ela o meio de pagamento trouxe mais agilidade no serviço prestado.

“Não tem cobrança de taxa, diferente do cartão de crédito”, Débora Castanho, designer de unhas – Foto: arquivo pessoal

“Eu prefiro e minhas clientes preferem também pagar com Pix. Para o meu negócio é prático e principalmente porque não tem cobrança de taxa, diferente do cartão de crédito e débito”, comenta em entrevista, a profissional. A empreendedora atribui ainda, o aumento do seu faturamento com a chegada do novo formato de pagamento. “Além das unhas tradicionais do pé e mão, trabalho com e técnica em gel, alongamento, banho de gel, blindagem, esmaltação em gel e reconstrução podal. E todo esse aprimoramento foi devido ao aumento de fluxo e com certeza o Pix contribui muito com isso”, frisa.

Para alguns negócios, o Pix supera as transações em comparação ao dinheiro e crédito. Como na Pamonharia onde o Matheus Martins trabalha como sócio- proprietário. O jovem empresário atende há 14 anos na Feira Central de Campo Grande, e conta como a forma de pagamento revolucionou suas vendas e tem aumentado em mais de 70% o lucro das vendas de produtos feitos à base do milho, como a pamonha (doce e salgada), bolo, sopa paraguaia e curau.

“Atendemos no delivery e aos sábados na Feira Central, o delivery o Pix ajuda 100% e na Feira 70%. Sobre a importância, o bom é que as taxas são menores. No delivery, é segurança e redução de custos que impactam na produção e também no valor final do produto”, ressalta. Ainda segundo Martins, as vendas através do delivery são todas efetuadas através do Pix. “No delivery atendemos apenas com Pix, reduz o valor da entrega, aumenta a segurança do cliente receber o pedido, evita estresse de clientes mal intencionado e facilita/centraliza o controle do faturamento”, detalha sobre as vantagens da transação instantânea.

Inovação que dá lucro

Conforme dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), para 48% dos MEI, essa modalidade já recebe 51% ou mais de todo o recurso movimentado na venda de produtos ou serviços. Além de revolucionar a forma como os pequenos negócios efetuam transações comerciais, o Pix está estimulando a “bancarização” dos MEI no país, defende o gerente de Serviços Financeiros do Sebrae Nacional, Valdir Oliveira.

“A nossa pesquisa mostra que mais da metade dos microempreendedores individuais (54%) já usam a conta bancária da pessoa jurídica da empresa na hora de receber os pagamentos via Pix.” Para ele, esse é um aspecto importante para a evolução dos microempreendedores individuais. “O Pix se mostra um grande instrumento de bancarização dos MEI”, justifica.

“A facilidade de transação aproxima esse segmento das movimentações bancárias e das instituições financeiras, o que facilita o acesso a crédito, pois a falta de informações precisas sobre a realidade financeira dos microempreendedores individuais é a maior barreira para que os bancos avaliem melhor o limite de crédito e o risco desses clientes.”

De acordo com o levantamento, o Pix, lançado em 2020, alcançou em menos de quatro anos um estágio de quase universalização, sendo aceito atualmente por 97% dos MEI. Os poucos empreendedores que ainda não aderiram apresentam argumentos como: receio de pagar impostos e taxas, medo de golpes, ausência de conta em banco ou o não uso de aplicativos de bancos, entre outras justificativas.

Sistema de transferências instantâneas do BC (Banco Central), o Pix bateu novo recorde em setembro deste ano. Pela primeira vez, a modalidade superou a marca de 227 milhões de transações em 24 horas. Somente no dia 6 (data do recorde), foram feitas 227,4 milhões de transferências via Pix para usuários finais. O recorde diário anterior tinha sido anotado em 5 de julho, com 224,2 milhões de movimentações. Em valores, foram movimentados R$ 118,418 bilhões. O montante é o segundo maior da história para um dia, só perdendo para os R$ 119,429 bilhões movimentados em 5 de julho.

“Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”, informou o BC, em comunicado.

 

Por Suzi Jarde

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