Com bronze, jogador de MS fala em aprendizado

O Brasil conquistou a medalha de bronze no handebol masculino dos Jogos Pan-Americanos Lima 2019 na noite de segunda-feira (5), ao vencer o México por 31 a 20. O sul-mato-grossense Raul Nantes (na foto, agachado, terceiro à esquerda) foi um dos artilheiros da seleção na decisão do terceiro lugar, com cinco gols.

O jogador de 29 anos já havia sido ouro em 2015, em Toronto, no Canadá. Raul nasceu em Nova Andradina, a 297 km de Campo Grande, e começou a despontar no handebol em 2006, pelo Pinheiros-SP. Após passar por São Caetano-SP, o atleta foi para a Europa em 2009. E completa 11 anos fora do Brasil.

Passou por Espanha e França, e agora defenderá o Dinamo Bucaresti, da Romênia; equipe que disputará a Liga dos Campeões, principal competição de clubes da Europa.

O terceiro lugar não deixa de ter um gosto amargo para a seleção do Brasil, que chegou como favorita ao ouro e caiu na semifinal para o Chile. O campeão do Pan de Lima se garante em Tóquio 2020, e o vice vai ao pré-olímpico mundial.

“Terceiro lugar nos @lima2019juegos! Está claro que não conseguimos o nosso objetivo que era a classificação para @tokyo2020 mas fica o aprendizado e a experiência. Obrigado pelo apoio e mensagens de carinho, voltaremos mais forte. Juntos, guerreiros. Desistir jamais”, escreveu Raul Nantes, na manhã de ontem (5), em sua página do Facebook.

Agora, o Brasil tem de torcer para herdar uma vaga no pré-olímpico graças ao bom desempenho no Mundial deste ano. É que as seis melhores equipes do Mundial ainda não classificadas para a Olimpíada pelos campeonatos continentais têm direito a disputar o pré-olímpico.

Por Olimpíada 2020, seleção terá de torcer por outros resultados

Nono colocado no Mundial, o Brasil precisa então que o Egito vença o Campeonato Africano e que o classificado pelo Campeonato Europeu seja Noruega, França, Alemanha, Suécia, Croácia ou Espanha. Os dois torneios continentais são em janeiro.

Apesar disso, o resultado manteve o Brasil no pódio dos Jogos Pan-Americanos desde que a modalidade passou a fazer parte do programa esportivo, em Indianápolis 87. “Todos os jogadores são profissionais, têm uma cabeça muito boa e sabem que estão representando o país. Eles sabiam do compromisso com o jogo. Uma medalha é sempre uma medalha. Estamos aqui para trabalhar forte e tínhamos de fazer isso. Tivemos chances de matar o jogo na semifinal, mas não fomos competentes. De qualquer forma, a remontada foi boa. Os meninos estavam interessados na partida e quiseram jogar e vencer. Isso foi bom. Saímos não com o resultado esperado, mas positivo”, avaliou o treinador Washington Nunes, segundo o site do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Para os nascidos em Mato Grosso do Sul, o Pan segue com o ciclismo (Magno Prado do Nazaret), com o judô (Larissa Farias) e a natação (Leonardo de Deus). (Luciano Shakihama com www. soporesportes.com.br)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *