Em uma partida de alto nível técnico, o Brasil parou no bloqueio e nos ataques da Rússia, oficialmente chamada de ROC (Comitê Olímpico Russo) e acabou derrotado, nesta quarta-feira (28) por 3 a 0 (25-22, 25-20 e 25-20), se distanciando da liderança do grupo B.
Foi a primeira derrota do time brasileiro nos Jogos de Tóquio 2020. Antes, o time havia vencido a Tunísia, por 3 a 0, e a Argentina, de virada, por 3 a 2.
O resultado diante dos russos, no entanto, não tira o Brasil da disputa por uma vaga nas quartas de final. Classificam-se os quatro primeiros colocados de cada grupo e o Brasil, no momento, está na terceira colocação, com cinco pontos.
Na luta pela vaga, o Brasil enfrentará os Estados Unidos, na quinta-feira (29), às 23h05 (de Brasília). Com uma vitória, garantirá a classificação.
E encerra a participação na primeira fase contra a França, no sábado (31), às 23h05 (de Brasília).
O jogo
O Brasil iniciou variando as jogadas de ataque, mas a Rússia, com um vôlei consistente, e um oposto Volkov inspirado, assumiu o controle do placar. Também dificultavam o Brasil o bem armado bloqueio e o saque forçado do adversário, principalmente com Mikhaylov.
O Brasil, no entanto, também iniciou com consistência, colocando pressão na Rússia, com Bruninho procurando variar as jogadas e um saque perigoso. Desta maneira, após uma virada russa, o Brasil reassumiu o controle do placar, chegando a 13 a 12.
O time brasileiro tentava, com Lucão atacando pelo meio, Wallace e Leal tentando pelas pontas e uma boa recepção. A questão é que os russos não se rendiam, com bons contra-ataques e Iakovlev comandando o bloqueio. Acabaram virando para 21 a 20.
Na parte final do set, a disputa foi acirrada. O bloqueio de Iakovlev e os ataques de Volkov, porém, continuaram predominando. E após um pedido de desafio, a Rússia fechou o primeiro set.
Segundo set
No segundo set, a Rússia manteve o equilíbrio e a partida seguiu no mesmo ritmo. O Brasil forçando, variando, mas a Rússia controlando o placar com frieza e precisão.
E a seleção brasileira, mesmo mostrando alguma eficiência no ataque, virava menos pontos do que a russa, que se mantinha com um bloqueio bem montado. No ataque, Volkov continuava desequilibrando.
Com as entradas de Cachopa no lugar de Bruninho e Douglas no de Wallace, o Brasil se reanimou. O bloqueio de Maurício Souza, que iniciou o jogo no lugar de Isaac, funcionou naquele momento.
O Brasil encostou no placar. A Rússia, porém, não se abalava e logo aumentou a diferença, começando a forçar mais ataque pelo meio e chegou aos 22 pontos, 9 deles no bloqueio.
Qualquer ameaça de aproximação do Brasil era rechaçada com uma sequência de pontos. E assim os russos fecharam o segundo set, com 25 a 20.
Terceiro set
No terceiro set, o Brasil começou tentando aprefeiçoar o bloqueio. A alternativa era continuar variando os ataques para que finalmente a Rússia mostrasse algum desgaste.
Mas, mais do que qualquer falha do Brasil, era a Rússia que estava bem demais. Por mais que o Brasil tentasse, o adversário mantinha uma defesa forte e superava o bloqueio brasileiro.
Foi um set no qual os russos variaram ainda mais, desta vez ampliando as jogadas pelo meio, utilizando Volvich, já que Mikhaylov estava mais marcado.
E com essa variação, e muito mais confiança e ousadia, coube aos russos irem apenas administrando o placar, aproveitando seus ataques para fechar o set em 25 a 20 e vencer o jogo. (informações do R7)
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