Após boa vitória, seleção volta a jogar mal e sofre contra Tunísia na despedida de 2025

Foto: Rafael Ribeiro/CBF
Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Enfrentando um ambiente hostil no quase lotado estádio Pierre Mauroy, de 50 mil lugares, em Lille, a seleção brasileira empatou por 1 a 1 com a Tunísia, nesta terça-feira (18), no último amistoso do ano.

Diferentemente do que ocorreu na semana passada, quando o time treinado pelo italiano Carlo Ancelotti derrotou com autoridade Senegal por 2 a 0, em Londres, desta vez o Brasil alternou bons e maus momentos.
A fomração nacional continuou, assim, seu movimento de gangorra. Na janela anterior de amistosos, havia dominado a Coreia do Sul e levado virada do Japão.

Empurrada pela torcida, na esmagadora maioria formada pela grande comunidade tunisiana na França -cerca de 1 milhão de migrantes e descendentes-, a equipe africana, 43ª do ranking da Fifa (Federação Internacional de Futebol), abriu o placar aos 22 minutos.

Em um ataque rápido, o centroavante Hazem Mastouri, do Dínamo Makhatchkala, da Rússia, ficou frente a frente com o goleiro Bento e finalizou com precisão.

Com muitos sinalizadores vermelhos e até algumas bombas -Ancelotti chegou a queixar-se de um objeto lançado ao campo-, os torcedores ajudavam a pressionar o time brasileiro, até ali inseguro e errando passes.

Como tem ocorrido em partidas de seleções de países árabes, alguns torcedores agitaram bandeiras da Palestina. Os tunisianos ensaiaram um tímido coro de “free Palestine” (Palestina livre) pouco antes do gol de Mastouri.

O lateral direito Wesley, da Roma, tomou um cartão amarelo com apenas oito minutos e se tornou o elo frágil da defesa brasileira. No lance do gol tunisiano, cometeu falta e poderia ter tomado um segundo cartão amarelo, mas o árbitro, o francês Jérôme Brisard, contentou-se com uma conversa.

O placar desfavorável acordou o time brasileiro, que passou a dominar o jogo. Mas o empate só veio graças ao árbitro de vídeo, que viu pênalti em uma cobrança de escanteio.

Com segurança de veterano, apesar dos 18 anos e 6 meses, Estêvão, elogiadíssimo na véspera por Ancelotti, cobrou a penalidade e empatou.

No intervalo Ancelotti trocou Wesley por Danilo, do Flamengo.

Aos 12 minutos do segundo tempo, Éder Militão sentiu uma lesão e foi substituído por Fabrício Bruno. Ancelotti também trocou a dupla de meio-campistas Casemiro e Bruno Guimarães por Fabinho e Lucas Paquetá.

Mesclando titulares absolutos e experiências de Ancelotti, a equipe brasileira voltou a ceder espaços à Tunísia.

A chance da vitória esteve nos pés de Lucas Paquetá, aos 32 minutos. Mas o meia-atacante do West Ham cobrou o pênalti por cima. O goleiro Aymen Dahmen se ajoelhou na grande área para agradecer a Alá.

Por André Fontenelle/ Folhapress

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