Anvisa proíbe venda de massas com propilenoglicol contaminado

Foto: Reprodução
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou nesta quinta-feira (22) uma nova resolução que proíbe a comercialização, distribuição e uso das massas alimentícias da empresa BBBR Indústria e Comércio de Macarrão Ltda, que atua com o nome Keishi. A resolução determina o recolhimento dos produtos fabricados entre 25 de julho e 24 de agosto de 2022.

A determinação ocorreu como parte das investigações sobre o caso do propilenoglicol contaminado com etilenoglicol que causou intoxicação e morte de animais, fornecido pela empresa Tecno Clean Industrial Ltda. O órgão de vigilância sanitária realizou inspeção na BBBR Indústria e Comércio de Macarrão Ltda e verificou que a empresa adquiriu e usou o insumo contaminado como ingrediente na linha de produção de massas.  A substância alterada pode ter sido responsável pela morte de ao menos 40 animais.

A empresa possui nome fantasia “Keishi”, e é responsável pela produção e comércio de vários tipos de massas estilo oriental, tais como udon, yakisoba, lamen, e também massas de salgados, como gyoza, os quais podem ser vendidos na forma de massas congeladas.  

O etilenoglicol   

O etilenoglicol é um solvente orgânico altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática quando ingerido, e pode levar à morte.   Não há autorização para uso dessa substância em alimentos.   

O propilenoglicol 

O aditivo alimentar propilenoglicol (INS 1520) é autorizado para alguns alimentos, porém não é permitido para uso na categoria de massas alimentícias, conforme RDC nº 60/2007.  O seu uso por muitas indústrias de alimentos se dá também nos processos de refrigeração, sem contato direto com o alimento e, assim, não necessariamente há risco para o consumo dos produtos das empresas que adquiriram o insumo contaminado.

O que fazer se você tiver adquirido o produto    

A Anvisa orienta que as empresas que tenham as massas da Keishi não devem comercializa-las nem utiliza-las. Os consumidores que tenham algum produto da marca em casa também não devem fazer o uso. Em ambos os casos, deve-se entrar em contato com a empresa para devolução.   

Também é orientado que os consumidores verifiquem a data de fabricação no rótulo e entrem em contato com a empresa para confirmar sua fabricação. Se não tiver certeza quanto a essa informação, não consuma o produto. 

Leia mais: Mais uma empresa de alimentação animal deverá recolher produtos com substância tóxica

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