População campo-grandense aposta na compra de água, gelo e água de coco para manter-se hidratada
O verão chegou ao fim, mas o outono anuncia uma nova temporada de calor na Capital. De abril a junho de 2024, a nova estação será caracterizada por chuvas abaixo da média e calor intenso, segundo o prognóstico publicado pela Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul). Além dos termômetros nas alturas, as vendas de bebidas também aquecem durante o período. Consumidores investem em compras de águas, refrigerantes, cervejas e outras bebidas refrescantes. Comerciantes, contudo, reforçam os estoques com o propósito de manter a mercadoria gelada aos clientes.
Na conveniência Cerv Já, um ponto tradicional de encontro para assistir partidas de futebol e reunir-se com os amigos para um happy hour, localizado na Av. Afonso Pena, às 9h da terça-feira (19), o termômetro marcava 31 °C e clientes utilizam o drive-thru do estabelecimento em busca de fardos de águas ou uma cervejinha para amenizar o calor. Segundo a vendedora Solange Souza Cabral, funcionária há cinco anos do estabelecimento, desde o início de 2024, a busca por água e gelo aumentou expressivamente.
“As vendas de águas aumentaram muito, especialmente a de 510 ml e de 1,5 litros. Por isso, nós precisamos reforçar nosso estoque, aumentando cinco fardos a mais por dia”, explicou a vendedora. Outro produto em destaque é o gelo. “Os pacotes de gelo têm saído com frequência também. Os triturados são os mais procurados, porque normalmente quem compra são vendedores de Água de Coco. Esses levam de 3 a 4 pacotes de 12 quilos”, afirmou.
Na conveniência Br Mania, localizada no Posto 24h, no bairro Amambai, a água continua sendo a primeira opção de compra por parte dos clientes, conforme comenta a vendedora Clarice Vasconcelos Velásquez. “A busca por água é impressionante, inclusive a água com gás, que não tinha uma boa saída por aqui. Os clientes têm comprado garrafas de dois litros. Precisamos reforçar nosso estoque com mais três fardos ao dia para conseguir dar conta da demanda”, pontuou.
Há mais de 24 anos na Praça Esportiva Belmar Fidalgo, Antônio de Almeida é referência de vendas de água de coco no espaço. De acordo com o vendedor, de janeiro até março, as vendas aumentaram expressivamente também.
“As buscas aumentaram muito, com certeza. Foi em janeiro que começou. Antes, eu comprava de 180 a 200 cocos, depois da virada de ano, compro de 250 a 300. Consequentemente, o gelo também. De 45 quilos saltamos para 60, são 15 quilos a mais”, destacou Antônio.
O impacto nos supermercados
Conforme o presidente da AMAS (Associação Sul-mato-grossense de Supermercados), Denyson Prado, o calor constante na região sul-mato-grossense faz com que a população, de certa forma, se acostume com o clima, o que resulta em um aumento não tão expressivo nas vendas dos supermercados. Vende-se mais água, sucos, refrigerantes, cervejas, mas nada que se destaque. Denyson ressalta, no entanto, que os estabelecimentos que trabalham com bebidas geladas são os clientes em potêncial desse período para os supermercados.
”As lojas que oferecem bebidas geladas precisam estocar, pois, quando há uma disposição maior, as vendas aumentam nos períodos de muito calor”, afirmou.
Como lidar com as altas temperaturas?
Verões mais quentes e temperaturas recordes, pensar em alternativas para driblar o calor é uma preocupação comum da população em tempos de crise climática. Para lidar com as altas temperaturas, a ingestão de líquidos é especialmente recomendada por parte de especialistas. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) oferece algumas recomendações para os dias de altas temperaturas: beber bastante água; evitar exposição ao sol entre 10 e 16 horas; evitar atividades físicas ao sol; preferir comidas leves e evitar gorduras; e ter atenção redobrada com idosos, crianças e animais domésticos.
Por Ana Cavalcante
Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.
Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.
Leia mais:
Banco Central comunica vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix