Ariane Oliveira Canteiro, adolescente indígena que estava desaparecida desde o dia 2 de setembro, foi encontrada morta na tarde deste domingo (11), com o corpo em avançado estado de decomposição, em uma mata às margens da rodovia que faz a ligação entre Dourados e Itaporã.
A vítima era moradora da Aldeia Bororó, na Reserva Indígena de Dourados e neta do cacique da aldeia, Getúlio de Oliveira. De acordo com informações do site Dourados News, familiares, amigos da jovem, lideranças indígenas e integrantes da Polícia Militar realizaram um mutirão ontem para tentar encontra-la.
Ainda de acordo com o site, um adolescente de 17 anos, foi detido também no domingo por lideranças indígenas da Aldeia Bororó. O suspeito confessou o assassinato de Ariane, ocorrido no dia dois de setembro.
O jovem disse em depoimento que retirou a menina de dentro da casa, arrastando a vítima pelos fundos da residência. Em seguida ele a levou para uma mata próximo à aldeia, onde a matou por asfixia, por ela não aceitar um relacionamento amoroso. Ele ainda disse que não houve estupro ou relação sexual entre ele a vítima.
O delegado disse que a polícia segue investigando o caso, e se a adolescente foi ou não abusada sexualmente pelo criminoso, já que o corpo foi encontrado parcialmente sem roupas. Ele foi levado para o IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal) de Dourados para passar pela Necrópsia.
Serviço
Feminicídio é o assassinato de uma mulher por questões de gênero; ou seja, quando a vítima é mulher e quando o crime envolver (I) violência doméstica e familiar ou (II) menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Feminicídio por violência doméstica e familiar (também chamado de “feminicídio íntimo”) é quando o crime decorre da violência doméstica, na maioria das vezes praticada em âmbito familiar, por alguém conhecido, com quem a vítima possui ou possuía uma relação afetiva, em razão da perda do controle sobre a mulher, da propriedade que o agressor julgava ter sobre a mulher; o feminicídio por menosprezo ou discriminação é aquele que resulta da misoginia – que é o ódio ou aversão a mulheres, aversão a tudo que é feminino e, muitas das vezes, é precedido por violência sexual, mutilação e desfiguração da mulher.
Disque 180
O Disque-Denúncia, criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), permite denunciar de forma anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central chegam ao Ministério Público.
Disque 100
Para casos de violações de direitos humanos, o disque 100 é um dos meios mais conhecidos. Aliás, as denúncias podem ser feitas de forma anônima para casos de violações de direitos humanos.
Com informações do site Dourados News.