Por Méri Oliveira e Marcelo Rezende – Jornal O Estado do MS
Um dos eventos mais esperados, o Rock in Rio começa nessa sexta-feira (2), vai até o dia 4, faz uma pausa e volta do dia 8 até o dia 11 de setembro, no Parque Olímpico, na zona oeste do Rio, cheio de atrações representando vários gêneros e estilos musicais, para todos os gostos e tribos. Os nomes vão desde Iron Maiden, passando por Green Day, Dua Lipa, Djavan, Ivete Sangalo e até o primeiro grupo indígena de rap do Brasil, os sul-mato-grossenses do Brô MCs.
O analista de TI, Flávio Nakazato, conta que é a segunda vez que vai ao RiR. “Minha expectativa para o Rock in Rio é grande, pois será meu retorno a um grande festival. Última vez que fui ao RiR foi em 2015. No dia 2 terei a chance de ver ao vivo, pela primeira vez, uma das minhas bandas favoritas, que é o Gojira, e também ver shows de bandas respeitadas como Iron Maiden e Dream Theater”, adianta.
Já o músico João Guilherme, da banda campo-grandense One Life One Chance, não esconde a alegria de ir ao festival acompanhado pelas duas filhas. Ele vai no primeiro dia, onde se apresentam bandas de heavy metal. João falou sobre suas expectativas para o grande dia. “Quero muito ver o Gojira, banda francesa de death metal. Também espero que o Sepultura toque as músicas da turnê do disco ‘Quadra’. Iron Maiden nem precisa falar que é certeza de espetáculo! Tem o Surra (banda de hard core de SP) também que nunca vi ao vivo. A Crypta já vi, mas o show delas é muito bom e quero ver de novo. O Ratos de Porão creio que não vou conseguir ver, pois o show rola no mesmo horário do Gojira. Além do prazer em levar minhas duas filhas pela primeira vez num festival dessa magnitude.”
Para a esteticista Crisleine Basso, que vai com o namorado, essa será a primeira oportunidade de ir a um show internacional. “Estou muito ansiosa, primeiro Rock in Rio meu e do meu namorado e, de quebra, será o primeiro show internacional que irei!”, dispara. “Além disso, ainda tem as expectativas, que são altas. E as expectativas são as melhores possíveis! Já compramos o ônibus que leva até o RiR por ser mais seguro. Chegaremos cedo para aproveitar ao máximo a Cidade do Rock.”
No domingo (4), será a vez do pop ecoar pelo Parque Olímpico, com Justin Bieber; Demi Lovato; Iza e Jota Quest. No Palco Sunset, Gilberto Gil com família; Emicida convida Drik Barbosa, Rael, Priscilla Alcântara e Pastor Henrique Vieira; Luísa Sonza com Marina Sena e também Matuê. Os shows retornam no dia 8, com Guns N’ Roses; Måneskin; Offspring e CPM 22, no Palco Mundo. No Sunset, Jessie J; Corinne Bailey Rae; Gloria Groove e Duda Beat.
Passagens caras
Veterana de Rock in Rio, a enfermeira Pri Vidal, que já esteve em duas edições do evento em 2011 e em 2017, ficará de fora neste ano, em razão da alta nos preços das passagens aéreas. “Eu entrei na fila para a compra do ingresso. Não consegui para o dia que gostaria, então comprei para o dia disponível, porque só de ir no evento já é uma super experiência. Mas o aumento absurdo nas passagens me desestimulou a ir. Mesmo que programado, os preços estão cerca de três vezes mais caros que o habitual”, conta.
“Sou acostumada a viajar e a fazer esse trecho CGR/Rio e está impagável. Mesmo pensando em plano B, indo até SP de ônibus, e então partir de lá para o Rio, está impossível.”
Em cotação feita pela reportagem, constatamos que os preços das passagens aéreas de Campo Grande para o Rio de Janeiro, com uma ou duas paradas, pela Gol, Latam e Azul, estão variando entre R$ 1.900 e R$ 3 mil, durante os dias do evento.
A programação completa do Rock in Rio pode ser conferida por meio do link: https://rockinrio.com/rio/pt-br/line-up/.
Brô MCs
O grupo de rap Brô MCs é de Dourados, formado por Bruno Veron, Clemerson Batista, Kelvin Mbaretê e Charles Peixoto, das aldeias Jaguapiru e Bororó, e vai se apresentar no maior festival de música do mundo na atualidade ao lado de nomes como Criolo e do rapper Xamã, em um evento em que outros grandes nomes da música internacional também vão marcar presença, como Iron Maiden, Green Day, Coldplay e Dua Lipa.
Recentemente, o grupo finalizou o primeiro álbum no Rio de Janeiro, intitulado “Retomada”, com canções inéditas e regravações de uma demo lançada em 2009, e se prepara agora para o show no Rock in Rio, com uma turnê por São Paulo e, mais recentemente, com uma apresentação no FIB (Festival de Inverno de Bonito).
Os integrantes do grupo explicam que tocar em um evento como o Rock in Rio implica algo muito maior, que vai além dos sonhos deles, ou da apresentação em si. Trata-se de um momento bastante oportuno para mostrar a realidade vivida pela população indígena por meio das letras e rimas.
“Representa um sonho realizado para nós, povos indígenas, toda a nação indígena, levar essa bandeira da luta dos povos indígenas, de estar em cima do palco representando cada um deles, então pra nós é um sonho realizado, representa isso. Só tenho de agradecer a nhanderú e a todos os povos indígenas, a todos que acreditaram no sonho”, detalha Charlie.
Veja também: Primeiro grupo indígena de rap do Brasil, Brô MC´S vem de Dourados e irão se apresentar no Rock In Rio 2022
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