Sesau aposta em drone para combater os focos de dengue

A temporada de chuvas acende um alerta às autoridades de saúde por conta da proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya. Para combater os focos de mosquito em terrenos e casas abandonadas, a Prefeitura de Campo Grande conta com um drone para identificar terrenos sujos. As ações iniciaram em janeiro, por meio da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais.

Ontem (11), os trabalhos foram realizados nos bairros Colúmbia e Nova Lima. Responsável pela coordenadoria, Vagner Ricardo dos Santos salientou que houve aumento na presença de focos nos primeiros meses de 2021.

“Estamos organizando um levantamento para final de fevereiro e início de março para termos a proporção real. Mas, o que observamos é que ainda temos muitos comércios fechados, não abandonados, e estamos tentando contato com esses proprietários”, ressaltou.

O uso do drone tem como principal objetivo dar um panorama mais detalhado a respeito da situação desses imóveis sem a necessidade de mobilização de outras equipes, como Polícia Civil, por exemplo, para entrar nesses locais.

Quando as equipes da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) não conseguem entrar nos locais para limpeza e retirada de materiais inservíveis, a coordenadoria repassa a situação do imóvel para a Vigilância Ambiental, responsável por entrar em contato com o proprietário do local.

Além dessas ações com o uso do aparelho, os trabalhos de vistorias rotineiras nos imóveis continuam ocorrendo normalmente, sem alterar a programação de serviço dos agentes de saúde. Vagner ressaltou que hoje (12) os trabalhos de vistoria com o drone serão mantidos nos bairros Colúmbia e Nova Lima. Na semana que vem, as ações serão na região norte da Capital.

“A partir de segunda-feira [15], nós teremos uma atividade na região do Prosa, em imóveis abandonados nos bairros Carandá Bosque, Jardim Veraneio, Chácara Cachoeira, Santa Fé, e Jardim Autonomista. Essa é uma ação contínua, já com o levantamento e programação para as próximas áreas”, disse.

Em relação à aplicação das multas, ainda em 2020, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) notificou 7 imóveis em novembro e 16 em dezembro. No mês de janeiro, três locais com focos do mosquito foram notificados.

Mortes

Considerado um estado endêmico para a dengue, Mato Grosso do Sul registrou, de 2013 a 2020, 124 mortes por agravos da doença. Dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde) apontam que em 2020 MS registrou 42 vítimas pela doença, 10 a mais que no ano anterior.

A Capital liderou no número de mortes, com sete vítimas pela doença. Superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo salientou que, mesmo com a pandemia, os trabalhos com o controle de vetores não pararam. “Estamos vigilantes e fazendo as visitas de casa.”

Texto: Mariana Moreira

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