“Se não tivesse a tarifa gratuita, teria de fazer um vale no trabalho”, pontuam eleitores sobre benefício

Ônibus
Foto: Nilson Figueiredo

A Prefeitura de Campo Grande adotou, no segundo turno das eleições, a gratuidade do transporte público coletivo de passageiros nesse domingo (30). O intuito foi o de garantir a mobilidade dos eleitores no dia do pleito, assegurando o direito ao voto.

Segundo eleitores consultados pelo jornal O Estado, sem o benefício, seria difícil exercer a cidadania, pelas dificuldades econômicas para o pagamento da tarifa.

Vale lembrar que a medida considerou proporcionar o direito à cidadania por meio da votação nas eleições para pessoas de baixa renda, reforçando também que a FNP (Frente Nacional de Prefeitos) enviou ofício ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), reafirmando o compromisso de garantir o transporte público gratuito no dia das eleições.

Além disso, caso o passageiro não estivesse portando o cartão de passe, o motorista do ônibus devia liberar a catraca aos usuários. No Terminal Guaicurus, o desempregado Wilson Leite, 63, estava aguardando o ônibus para retornar para casa. “Foi uma boa ideia, pois acabamos economizando o dinheiro.

Eu já fui votar e o cartão passou normalmente. O ônibus está lotado porque todos estão usando deste meio de transporte para ir votar”, destacou.

Já no Terminal Morenão, a professora de skate Luna Leal, 28 anos, disse que a ação foi interessante, pois muitos não teriam como ir para votação. “Como eu ganho por aula, o dinheiro da condução estava contado. Se não tivesse a tarifa gratuita, teria de fazer um vale no trabalho”, comentou.

Luna destaca também que a mãe, que é moradora da cidade de Santos (SP), não teve a mesma oportunidade de ir votar com a gratuidade da tarifa de ônibus.

“Na cidade não teve essa mobilidade para os usuários, então muita gente está usando a falta de dinheiro para não ir votar. E, já aqui, ninguém tem desculpa de não cumprir o papel de cidadão brasileiro.”

A reportagem encontrou também o ex-metalúrgico Antônio Ferreira da Silva, 59 anos. Ele informa que, no primeiro turno das eleições de 2022, não teve a gratuidade do transporte público.

“Acredito que na primeira vez não tiveram um controle sobre a novidade. Tive de pagar pela ida e volta. Até hoje não consegui reembolsar o dinheiro que gastei. Hoje, também fiquei com medo de acontecer o mesmo, mas estava mais fácil e os motoristas acabaram nos auxiliando”, finalizou.

Por Marina Romualdo – Jornal O Estado de MS.

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