A obra de revitalização do Centro, o Reviva Campo Grande, passou por mais um teste de acessibilidade. A experimentação foi feita ontem (1°), por um grupo de 50 pessoas, na Rua 15 de Novembro e na Praça Ary Coelho. Cadeirantes, deficientes físicos e visuais, gestantes e idosos caminharam nos trechos já concluídos.
A representante do Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (IPTD), Danielle Hoppe, destaca a importância da caminhada para o desenvolvimento de projetos do poder público.
“É uma semente que a gente está plantando, nos momentos em que as pessoas se colocam no lugar de outro, vamos criando essa consciência de que quando estamos desenhando um projeto urbano esses detalhes de acessibilidade, esse degrau, essa altura, são indispensáveis para uma criança, um idoso, alguém em uma cadeira de rodas, por exemplo”, explica.
Essa não foi a primeira vez que a arquiteta e urbanista Elaine Laneu participou de uma experiência dessas. Para ela, se colocar no lugar de quem não enxerga foi o mais difícil. “Sem a visão não tem orientação, não se sabe o que está na frente, no lado. O ambiente como um todo, quando você não vê, te dá bastante receio. O meio-fio do contorno da praça fica bastante inseguro.”
É a segunda vez que o Reviva passa por testes, e na primeira ocasião ocorreu após reclamação da falta da instalação de piso tátil. A Coordenadoria da Central de Projetos junto com Engepar, empresa responsável pela obra, convidou grupos de defesa dos direitos das pessoas com deficiência para caminhar.
A Coordenadoria da Central de Projetos junto com Engepar, empresa responsável pela obra, convidou grupos de defesa dos direitos das pessoas com deficiência para caminhar nas calçadas e apontar melhorias na obra.
O Reviva está 90% concluído, com vários serviços já finalizados, como esgotamento sanitário e drenagem e a previsão de entrega é em novembro. Acesse também: Parada Nerd será realizada nos dias 19 e 20 de outubro
(Rodrigo de Souza – Especial O Estado)