Répteis são as maiores vítimas do fogo

Com a maior taxa de focos de incêndio em Mato Grosso do Sul, nos últimos 20 anos, animais pertencentes à fauna pantaneira sofrem diretamente com a fúria do fogo. Sem ter para onde ir, ou por não serem rápidos o suficiente, muitos animais morreram, consumidos pelas chamas que cruzam a região. Para a presidente do Projeto Arara Azul, Neiva Guedes, a região atingida consumiu principalmente os répteis, que se movimentam de forma mais lenta.

Segundo a fiscal ambiental de Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) Ana Paula Felício, mesmo distante, é impossível negar o impacto ambiental que as queimadas trouxeram para o Estado. “Ainda hoje, não chegaram animais sobreviventes ao Cras. Os relatos que eu tenho são de que os animais não conseguiram fugir do fogo, então nós tivemos várias perdas e nós não temos como contabilizar, o fogo foi extremamente danoso, as pessoas que estiveram em loco relatam principalmente a sensação de impotência, de não poder fazer nada por conta da fúria do fogo”, destaca.

Empresas privadas estão trabalhando em conjunto para salvar os animais das regiões com focos de incêndio. A presidente do Projeto Arara Azul aponta que ainda não é possível realizar um levantamento sobre o número de mortes.

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