O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento em rede nacional no domingo, 6, para incentivar a vacinação contra a poliomielite. Ele admitiu que se trata de “assunto que preocupa a todos nós” e que a cobertura vacinal está com uma adesão abaixo da meta deste ano, inferior a 70% do público-alvo, formado por crianças de até 5 anos.
“Infelizmente, as coberturas vacinais estão caindo no mundo, assim como no nosso Brasil, situação agravada com a pandemia da Covid-19. Corremos o risco de perder essa importante conquista”. Disse o Ministro.
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, e que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes e secreções eliminadas pela boca de pacientes. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
“Há 32 anos a região das Américas é considerada livre da poliomielite, mas infelizmente as coberturas vacinais estão caindo no mundo, assim como no nosso Brasil”, disse Queiroga no pronunciamento. Segundo ele, a baixa taxa de vacinação contra a doença foi agravada pela pandemia de covid-19.
“O Ministério da Saúde está empenhado para manter o Brasil livre da poliomielite”, destacou. O Queiroga afirmou que, durante a 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que ocorreu em setembro, nos Estados Unidos, o Brasil reforçou a necessidade dos países americanos se mobilizarem para erradicar a enfermidade.
Queiroga lembrou ainda que na última semana o governo lançou um plano de combate à poliomielite com o objetivo de organizar o trabalho da União, dos estados e dos municípios. Entre as ações prioritárias está o fortalecimento da vigilância epidemiológica e da vacinação.
“As vacinas continuam disponíveis nos postos de vacinação. É possível sim atingir a meta. Para tanto, é necessário o engajamento dos gestores de saúde e da sociedade civil. Estados como a Paraíba e o Amapá, por exemplo, já vacinaram mais de 90% do público alvo”, afirmou o ministro.
Com informações da Agência Brasil.
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