Qualidade do ar costuma ser pior nos meses de agosto e setembro

Campo Grande
Foto: Valentin Manieri

Um relatório divulgado pela Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) indicou que a poluição do ar em Campo Grande aumenta nos meses de agosto e setembro. Os resultados são referentes aos dados colhidos nos meses de maio de 2021 a dezembro de 2022.

Além disso, o relatório observou que o tráfego de veículos foi a principal fonte de poluição, e a qualidade do ar foi classificada como boa durante a maior parte do ano. No entanto, condições moderadas e muito ruins ocorrem nos meses mais secos.

O trabalho dos pesquisadores e alunos do projeto “Monitoramento da Qualidade do Ar em Campo Grande” é contínuo, e são coletando dados diariamente, considerando os poluentes atmosféricos PM10 e PM2,5.

O professor do Instituto de Física Widinei Alves Fernandes aponta que a responsabilidade pela piora da qualidade do ar pode ser decorrente dos incêndios que estão ocorrendo com alguma frequência na Capital, além de ser em meses com menos decorrência de chuvas.

“Esse período de agosto e setembro são os períodos mais secos aqui em Mato Grosso do Sul, e em Campo Grande não é diferente, nós temos um longo período sem chuvas e aí também com o aumento das queimadas que ocorrem na região, isso faz com que a qualidade do ar seja impactada como um todo, no Mato Grosso do Sul como um todo é notado esse aumento. O relatório mostrou então que nesses períodos essas concentrações evidentemente ficam maiores. Sempre nós temos um aumento nesse período seco”, disse Widinei.

Ele destaca, ainda, que ter essas informações é algo muito importante para toda a população do município e principalmente para o Poder Público.

“Ao longo do tempo, conseguimos saber quando os picos de concentração dos poluentes ocorrem, de onde vêm, o que causa o impacto e isso dá um subsídio para os órgãos públicos na tomada de decisões. Eles podem, por exemplo, fazer uma previsão do número de pessoas que procurarão os postos de saúde para fazer a inalação, ou a quantidade de pessoas expostas, ou seja, uma série de estudos pode surgir a partir do monitoramento, com alertas que podemos dar à população quando o nível de poluição ficar acima do permitido”, afirma.

Por Camila Farias – Jornal O Estado do MS

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