Chegando hoje (1) ao 19º dia de greve em Dourados, os professores municipais não tem uma data definida para finalizar as paralizações. Desde a primeira proposta feita pela prefeitura, os profissionais da educação não aceitaram o novo acordo e seguem longe das salas de aula.
O Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), destacou que o pedido dos profissionais da categoria é que seja feito um reajuste salarial de 33,24%, que cumpre o Piso Nacional.
A Prefeitura de Dourados informou que desde a primeira proposta feita à categoria, há mais de 15 dias atingiu o limite financeiro e fiscal para atender os pleitos dos professores. Dentro do planejamento orçamentário o município deixou claro que tem condições de ofertar 18,86% de reajuste, de forma escalonada, dentro do ano de 2022, atingindo assim o piso nacional da categoria de R$ 3.846,00 para até 40 horas semanais.
O município assumiu compromisso com os professores de a partir de 2023 avançar nos índices com a meta de transformar o Piso de 40 para 20 horas semanais, recuperando as remunerações e resgatando uma condição histórica para os profissionais, mas a propostas não foi aceita até o momento, mantendo 33 mil alunos fora da escola.
Na quinta-feira (30), foi realizada uma nova negociação, e a Prefeitura antecipou parte das parcelas referentes ao aumento. Seria um reajuste de 8% para abril, 3,75% para julho e mais 3,75% para agosto, e 2,39% em dezembro. Um projeto de lei também será elaborado para reajustar vencimentos de profissionais do magistério, 15% que será dividido em duas parcelas anuais, 2023 e 2024, de 7,5%.
Os professores votaram para que os indicies que já haviam sido reivindicados, de reajuste de 18,8% retroativo de janeiro, 5,9% agosto e 5,9% para dezembro, e pediram também a inclusão de profissionais do magistério e da educação indígena e mudanças em relação a comissão de negociação.
Para o Simted não houve avanço na negociação, e a continuação da paralisação foi decidida por meio de uma assembleia geral.