Polícia ouve testemunhas sobre criança infectada por COVID pelo próprio pai

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

O inquérito policial da menina cujo pai estava com COVID e obrigou a própria filha a tirar a máscara está em andamento e o caso não foi concluído, diz o delegado Marcelo Damasceno, da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).

O caso ainda segue em investigação e testemunhas ainda estão sendo ouvidas, porém o pai ainda não participou de oitiva e, segundo o delegado, ele vai ser o último a ser questionado. Uma das provas que estavam pendentes era do teste de COVID-19 da menina, porém a mãe da garota de 10 anos ainda não levou o resultado do teste à delegacia.

Relembre o caso 

A polícia recebeu uma denúncia do pai infectar propositalmente a própria filha de 10 anos com a COVID-19.

A denúncia foi feita pela própria mãe, que proibiu a filha de ficar com o pai após ele testar positivo para COVID. Por causa da guarda compartilhada, a menina ficou sob a responsabilidade da avó paterna. Porém, ela teria contado à sua mãe que o pai foi visitá-la e que o pai havia dado ordem para ela tirar a máscara, o abraçar e o beijar. Além disso, ele teria dito que, se ela pegasse a doença não teria problema, porque todos vão pegar. Após o fato, a garota, segundo a mãe, apresentou os sintomas da COVID, mas a polícia ainda não recebeu o resultado da testagem.

Caso seja comprovado que o pai infectou a filha de propósito, o homem pode ser condenado pelo ART. 131 do Código Penal: Praticar com o fim de transmitir de outrem moléstia grave de que está contaminando ou capaz de produzir o contágio. Pena de um a quatro anos e multa. (Texto: Bárbara Bejarano)

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