Pesquisa mostra chipa como fator de desenvolvimento local na fronteira

Divulgação/UEMS
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Na fronteira entre Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero (PY), a culinária típica é carregada de tradições. Porém, uma pesquisa realizada por uma pesquisadora da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) revelou que a chipa é a mais explorada no comércio da região, pois é um produto com baixa perecibilidade, baixo custo de produção, preço de venda acessível e agradável ao paladar dos consumidores.

”Os ganhos com a venda da chipa geram investimentos em qualidade de vida, acesso à educação, na aquisição de bens imóveis e abertura de novos empreendimentos, as oportunidades existem para todos, no entanto apenas a categoria das Microempresas manifestaram interesse em incrementar novos produtos”, destaca Beatriz Dutra dos Santos.

Para a pesquisa foram identificados vinte e um produtores e vendedores de chipa que comercializam o produto na fronteira entre as duas cidades, Ponta Porã-MS e Pedro Juan Caballero-PY. Para o trabalho foram criadas as categorias Microempresas; Ñas (senhoras que produzem e vendem a chipa) e Terceirizadas.

A autora ressalta que existem muito mais pessoas que produzem e vendem a chipa, mas este mapeamento precisará ser feito numa etapa futura da pesquisa, uma vez que neste primeiro estágio estabeleceu-se a estratégia de ser uma pesquisa exploratória.

“O que já deu pistas importantes para entender a relação deste produto típico com a geração de renda e trabalho. Foi possível constatar que há preponderância na participação de mulheres, a escolha por vender a chipa está associada à falta de emprego, pois essas mulheres exercem o papel de chefe de suas famílias provendo o sustento das mesmas”, disse.

(Com informações da UEMS)

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